quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Errando O Alvo...As Energias Fora do Controle, Uma Visão do Budismo Sobre O Livre Arbítrio, Os Pequenos Deuses e A Abertura do 11:11 e A Nova Onda

Bem-Vindos!

Com todos os novos espaços presentes em uma nova realidade dimensional, há uma epidemia ocorrendo em relação às desigualdades, ou melhor, energias que não estão atingindo os seus alvos designados. Desde receber telefonemas com "o número errado", com contínuas informações falsas que estão sendo dadas, com o usual mal funcionamento dos aparelhos eletrônicos, aos "erros" disto ou daquilo, as energias simplesmente não estão alcançando os seus alvos pretendidos, criando assim um contínuo sentimento de ausência de fluxo em determinadas situações. Contudo, em outras áreas, há uma sincronicidade presente aos níveis mais elevados que podem parecer, oh, tão magnífica, quando ela ocorre, ainda que não faça sentido aos níveis menos elevados.

Com tantas variações e níveis vibracionais agora presentes, pois ainda estamos ocupando os novos lares energéticos, estas dissonâncias e desassociações, e contínuas perdas eram esperadas. E contribuindo com isto, a massiva colisão que é sentida quando as vibrações distintamente menos elevadas e as mais elevadas se encontram, e o atrito pode ser a palavra do momento.

Ainda assim, as coisas estão certamente se acalmando um pouco, e a energia do tumulto de todas as mudanças recentes, está começando a enfraquecer.

Porque todas as coisas estão certamente se conectando aos níveis mais elevados, pode ajudar se soubermos que as nossas necessidade estão sendo satisfeitas, ainda que por estranhas e incomuns circunstâncias. Navegar através da realidade dimensional menos elevada, pode realmente ser mais fácil se mantivermos o nosso olho no resultado final. Conquanto possamos nos sentir desconfortáveis, desanimados, irritados, ou até chocados por algumas manifestações das energias mais densas (e incapazes de interagirmos ou até de nos comunicarmos com elas), no final, podemos perceber que o que desejamos, ou até um estranho apoio, pode ser o resultado. O truque é ignorarmos estas energias que residem entre nós e o desejo ou resultado para o qual estamos navegando, e permanecermos focados no resultado.

O que está ocorrendo aqui, é que não estamos mais conectados com o velho mundo, mas ainda devemos completá-lo a algum grau, pois não criamos ainda um mundo muito novo para nós mesmos e para aqueles que atravessaram conosco.

Deste modo, nós não podemos ser tocados pelas energia de vibração menos elevada que podem parecer ameaçadoras, desagradáveis, ou até desrespeitosas e chocantes. Elas podem fazer a sua dança, mas nós não residimos onde elas residem. O que podemos fazer é permanecermos afastados, recuarmos, permanecermos acima delas, e de um modo relaxado e amoroso, colocarmos gentilmente a nossa intenção e então observarmos enquanto estas energias começam a mudar e a se transformarem. Em outros momentos, podemos precisar simplesmente compreender que seja o que for que estas energias estejam dizendo, nunca se aplicará a nós, assim deste modo, nós não somos realmente afetados por elas.

Devido a este cenário de energias que existem em espaços muito diferentes, podemos experienciar estranhos "ataques" em relação ao nosso trabalho... novamente com informações errôneas sempre presentes. Ou até estranhos ataques com informações falsas em relação a algo que estejamos envolvidos. As energias de vibração menos elevada estão nos dizendo que não pertencemos mais a estes espaços. Aos níveis mais elevados, elas estão nos encorajando a sair, pois a energia está sempre seguindo na mesma direção e nos apoiando aos níveis mais elevados, não importa como isto se manifeste aos níveis menos elevados. E quando, eventualmente, estivermos livres destas energias de vibração menos elevada, ficaremos muito felizes por nos libertarmos do sentimento de escuridão e de confusão!

Ao mesmo tempo, algumas energias da velha realidade não estão felizes por termos nos afastado e não as estarmos mais apoiando. Deste modo, podemos ter experiências de sermos cobrados excessivas quantidades de dinheiro por coisas, sermos solicitados a pagar taxas ridículas, sentirmos como se estivéssemos sendo solicitados a distribuirmos inúmeras vezes, quando tudo o que queremos fazer é naturalmente recebermos o que nos é devido por todo o nosso serviço como portadores da luz. Podemos sentir que precisa ser a "nossa vez" finalmente, quando entramos em nosso céu na terra, ao invés de sentirmos um esforço de simplesmente vivermos de acordo com as nossas rendas, ou que a velha realidade está "tomando" ao invés de dar. A velha realidade não quer que deixemos de dar e de apoiar como fizemos por tanto tempo. Quando começarmos a nos doarmos, e a nos apoiarmos, estes cenários deixarão de existir. Nós nos apoiaremos, pois criamos a nova realidade e a nova grade.

Sentirmos uma desconexão da Fonte e de nossa orientação ou até de todas as coisas que pareçam agradáveis é um resultado muito natural da travessia. Nós estamos sendo encorajados a confiarmos agora em nós mesmos, pois estamos nos tornando muito rapidamente os anjos da terra. Neste ponto em nosso processo evolutivo espiritual, nós sabemos muito mais do que sabíamos quando começamos somente há alguns anos. Deste modo, podemos ser agora um conselho sábio para aqueles que estão preparados e que estão solicitando os nossos serviços. Nós perceberemos que em tempos que se aproximam, seremos a orientação para os nossos grupos específicos e especiais de almas, assim como tivemos os nossos próprios guias não físicos especiais e específicos em tempos passados. Estas almas virão até nós... nós não nos aproximaremos delas pensando que sabemos o que elas precisam. Elas estarão dispostas e preparadas, e assim nos pedirão a nossa ajuda. (Nós estamos também no processo de recebermos guias não físicos muito novos para nós mesmos, pois substituímos os nossos guias anteriores por nós mesmos).

Quando percebemos que ao interagirmos com as energias mais densas cria uma séria energia de colisão conosco ao sermos quase abalados em nossa essência ou traumatizados, nós nos tornamos naturalmente hesitantes em nos conectarmos com alguém ou com algo, e a resistência ou o medo pode ser o resultado. Nós estamos sendo encorajados a nos conectarmos agora com os nossos grupos de alma, ou com aqueles com quem compartilhamos freqüências vibracionais semelhantes. Às vezes também, nós nos conectaremos com outros que estão de modo algum próximos a nos equipararmos, mas que podem agir como "intermediários" entre nós e o outro mundo, quando a interação com o outro mundo se tornou agora quase impossível.

Com todas estas estranhas e voláteis energias presentes ultimamente, podemos buscar naturalmente os nossos santuários pessoais, ou pelo menos, modos de permanecermos no olho da tempestade. E como eu estive escrevendo sobre isto muitas vezes passadas, nós também começaremos a formar os nossos próprios grupos ou espaços especiais de residência para muitos viverem, de modo que possamos estar residindo em uma energia tão agradável quanto possível. Esta é simplesmente uma fase muito natural da criação do novo mundo. Nós começaremos a nos conectarmos com companheiros que pareçam magníficos quando próximos, e então graduaremos mais almas, formando assim um grupo, e eventualmente, nós começaremos a congregar em espaços físicos.

Tudo isto se liga também ao sentimento de uma desconexão com a Fonte. Para aborrecê-los com a mesma velha mensagem, nós estamos agora incorporando tão mais energia da Fonte, que buscaremos muito naturalmente a companhia do outro. Deste modo, nós nos ajudaremos de muitos modos. Nós nos uniremos para criarmos aquilo que escolhermos, através dos presentes e talentos que cada um de nós possui tão naturalmente. E quando nos unirmos, nós pareceremos surpreendentes realmente! Experiências desagradáveis estão ocorrendo para nós na velha realidade, de modo que seremos encorajados a partir. Nós precisamos criar uma realidade muito nova. Nós precisamos nos unirmos. A responsabilidade é nossa.

Presos entre os mundos e se sentindo desorientados e sozinhos? Ou talvez não absolutamente certos do que querem criar e onde se conectar? Muitas vezes podemos nos sentirmos presos entre os mundos se ainda tivermos um pé em uma realidade, e o outro pé em outra. Se não podemos nos afastar completamente do velho mundo, o que realmente acontece é a energia do amor. O amor tem uma vibração tão elevada, que ele supera tudo o mais. Pessoalmente, eu acredito que seja um despropósito estar amando alguém todo o tempo, especialmente quando estivemos dando murros por muito do ano passado. E agora estamos com uma vibração até mais elevada, as nossas sensibilidades estão sendo um ímpeto até mais desafiador. Com muita de nossa camada externa densa agora não existente, podemos realmente sentirmos todas as cutucadas e empurrões em nosso sistema energético como nunca. Ainda assim, quando temos que estar na companhia das energias mais densas, pode realmente ajudar sermos tão amorosos quanto possível.

Ninguém os "vê" quando vocês estão no meio? Realmente não há muita conexão? Isto é porque vocês não pertencem mais a estes espaços. Se possível sob qualquer condição, pode realmente ajudar encontrar um lugar diferente para estar que tenha uma vibração um pouco mais elevada.

Onde ir e com o que contribuir ou criar? Estarmos próximos aos nossos irmãos e irmãs pode realmente parecer "real". Há uma conexão lateral presente, ou, pelo menos, uma conexão que seja convenientemente lateral. E ainda que não estejamos na companhia de nossos irmãos e irmãs (significando companheiros viajantes na ascensão), simplesmente rindo com outros, estando juntos em espaços de criatividade, aceitando-se, amando-se e respeitando-se, pode criar espaços agradáveis também, não importa quem esteja residindo onde. Nestes modos, não importa que degrau da escada alguém esteja realmente vivendo, pois as vibrações de amor, respeito, atenção, diversão e criatividade sempre têm uma vibração elevada, não importa quais sejam as circunstâncias ou o ambiente. Estarmos próximos aos idosos ou às crianças é sempre um prazer também, pois estas almas estão mais abertas e conectadas, pois ou elas chegaram recentemente ou estão se preparando para partir, portanto, colocando-se mais próximas ao outro lado.

Se vocês estão imaginando o que podem querer contribuir ou criar, um bom critério é identificar o que é que os coloca em um espaço onde vocês se esquecem quem vocês são. É algo que realmente os tira do caminho. É algo que não se trata de vocês. É algo que não representa uma contribuição que vocês estão fazendo porque vocês estão precisando ou querendo curar algo dentro de vocês temporariamente. É algo pelo qual vocês tiveram uma paixão ou algo que vocês conheceram por muito tempo. É algo que lhes chega facilmente. É algo que vocês vieram fazer, mas não era ainda o momento até agora.

Se nada os está inspirando agora, vocês podem estar precisando de um descanso de todo o tumulto e stress dos últimos dois anos. Se possível sob qualquer condição, concedam-se esta moratória. Isto os colocará no olho da tempestade e os conectará com as energias mais elevadas. Pensando positivamente, tendo visões grandiosas e positivas, e, absolutamente, acreditando que elas acontecerão, fará o mesmo.

Nós estamos ainda nos acalmando a um grau, de nossa remoção massiva e permanente da velha realidade, e 2010 marcará um início muito novo de muitos modos novos. Para muitos, nós estamos ainda reunindo as almas com quem estaremos nos conectando, e ainda formulando os nossos novos planos. Nós estamos ainda nos ajustando aos nossos novos "lares". Mas, seja o que for que estiver ocorrendo com todos nós, as energias do amor, do respeito, da atenção e da união, superarão qualquer coisa e tudo o mais, e, simplesmente, negarão todas as ilusões de como todas as coisas estão se apresentando, e o que possamos acreditar que realmente esteja ocorrendo. Nada mais realmente importa. Transcender todas as ilusões tornar-se-á uma norma fácil em tempos que se aproximam.

Karen

O Que Se Passa no Planeta Terra? ASAS

Errando o Alvo... as Energias Fora de Controle
Por Karen Bishop - 12 de Novembro de 2009


UMA VISÃO DO BUDISMO SOBRE O LIVRE ARBÍTRIO

Determinismo e Indeterminismo, Antigo e Moderno

A diversidade dos conceitos Indianos em relação à causalidade, na época de Buda era típica do pluralismo filosófico mais amplo que marcou esta sociedade, tanto quanto o nosso mundo hoje, e as respostas novas do Buda àqueles conceitos, permanecem sempre intelectualmente desafiadoras e pragmaticamente estimulantes. Então, como agora, os filósofos tendiam a cair em um ou dois campos garais, do determinismo e do indeterminismo. Entre as primeiras, alguns declaravam que todas as experiências agradáveis, desagradáveis ou neutras, se devem ou ao Karma passado (pubbe kata-hetu), ou à vontade de Deus (Issara-nimmana-hetu). Os Ajivikas mantinham a doutrina fatalista que todas as ações são pré-determinadas pela força externa do destino (niyati), sobre as quais as pessoas não têm controle.

Esta visão coincide rigorosamente com a visão determinista moderna de que há a qualquer instante, exatamente um futuro possível fisicamente. Isto implica, por exemplo, que a precisa condição do universo, um segundo após o Big Bang casualmente bastou para produzir o assassinato de John F. Kennedy, em 1963. Buda rejeitou todas estas visões fatalistas em relação à ação e experiência humana.

Outras antigas escolas filosóficas Indianas rejeitaram o determinismo em favor da visão de que todas as experiências ocorrem como resultado do puro acaso, sem causas ou condições anteriores (ahetu-appaccaya). Em alguns aspectos, esta visão se confronta com a de alguns partidários contemporâneos da doutrina do livre arbítrio que argumentam que o indeterminismo demonstrado pela mecânica quântica ao nível sub-atômico, se transfere para o mundo cotidiano da experiência humana sob várias condições especificáveis. Para que os seres humanos sejam a fonte primordial de nossas decisões, de modo que sejamos verdadeira e moralmente responsáveis, eles insistem, não pode haver quaisquer influências anteriores que sejam capazes de determinar as nossas ações subseqüentes.

Em resposta a todas as visões acima, Buda rejeitou com bases pragmáticas, qualquer teoria que enfraquecesse o senso da responsabilidade moral. Por um lado, ele rejeitou o determinismo como "inércia" sustentadora (akiriya) - se alguém não é responsável pelas suas ações, a vontade de agir de um modo saudável, e não de um modo não benéfico, é reprimida. Por outro lado, ele rejeitou o indeterminismo quando declara que todas as experiências e eventos surgem devido ao puro acaso, sem depender de quaisquer causas ou condição (ahetu-appaccaya).

Além disto, ele concluiu com bases empíricas e racionais que não há eu autônomo que exista à parte, e controle o corpo e a mente, e ele igualmente negou a existência de tal eu entre os agregados psicológicos. Ao tomar esta posição, ele refutou todas as noções do eu como uma causa (motivo) inalterada, como um agente que causa determinados eventos, sem que nada o leve a tomar as suas decisões. Assim, o sentido de que cada um de nós é um sujeito autônomo, não físico que exercita o controle fundamental sobre o corpo e a mente sem ser influenciado por condições anteriores físicas ou psicológicas, é uma ilusão.

Vontade e Ação no Budismo Inicial

À primeira vista, esta posição Budista pode parecer idêntica a de determinados cientistas cognitivos contemporâneos e filósofos da mente. Por exemplo, neste livro "A Ilusão da Vontade Consciente", o psicólogo Daniel M. Wegner escreve: "Parece com cada um de nós que temos vontade consciente. Parece que temos eus. Parece que temos mentes. Parece que somos agentes. Parece que causamos o que fazemos... é sensato e basicamente certo chamar a tudo isto de ilusão." Em lugar algum do cérebro, os neurocientistas encontram qualquer centro de controle que pudesse servir como o correlato neural de um eu autônomo, nem encontram qualquer evidência de um eu independente que influencie as funções cerebrais. Ao contrário, o cérebro parece funcionar de acordo com os seus próprios mecanismos internos, sem nenhum eu independente agindo como um rei, presidindo, governando e avaliando as atividades do cérebro. De acordo com esta visão materialista, todas as influências causais nos processos mentais, ocorrem no complexo maquinismo do cérebro, além do âmbito da consciência introspectiva.

Mas estas aparentes semelhanças ocultam incompatibilidades fundamentais entre o Budismo e o materialismo científico. Considerando que muitos materialistas acreditam que as atividades do cérebro precedem e geram todos os processos mentais e que aqueles próprios processos consistem de atividade cerebral, Buda declarou: "Todos os fenômenos são precedidos pela mente, emitidos da mente, e consistem da mente." Basicamente a esta ênfase Budista, da prioridade da mente, em relação ao comportamento, está o papel do fator mental da vontade, ou propósito (cetana), que determina quais ações têm conseqüências morais. Realmente, Buda comparou virtualmente a vontade com o Karma, quando ele declarou: "É a vontade, ó monges, que eu chamo de Karma; tendo desejado, se age através do corpo, da palavra ou da mente."

Somente as ações voluntárias produzem resultados Kármicos, e a magnitude das conseqüências morais das ações de alguém, corresponde diretamente ao grau do equilíbrio mental, da inteligência e da compreensão. Assim, as conseqüências morais das ações de uma pessoa que esteja intoxicada (embriagada), perturbada, ou com lesão cerebral, são relativamente leves, enquanto aquelas de uma pessoa de mente sã e com clara compreensão, são relativamente pesadas. Isto corresponde rigorosamente aos princípios modernos da jurisprudência. Além disto, é incorreto pensar que o Karma anterior determina todas as experiências e sentimentos de alguém. Embora todos os sentimentos que surgem junto com a consciência inicial dos estímulos sensoriais, sejam o resultado do Karma passado, os sentimentos que surgem em seguida a tais estímulos, não são predeterminados pelo Karma passado, mas são o resultado do Karma recente, associados ao modo que se responde àqueles estímulos. E assim, os atos da vontade são condicionados tanto por influências anteriores, assim como por outros fatores, tais como a qualidade da consciência, que sejam simultâneos com ela. Neste sentido, o Budismo defende uma meio do livre arbítrio, à medida que se possa refletir nas opções da pessoa e decidir o melhor curso de ação em termos de sua conveniência moral.

Determinismo e Responsabilidade Moral

Alguns cientistas e filósofos contemporâneos afirmam que o determinismo - definido como a visão de que há em qualquer instante exatamente um possível futuro - é compatível com a responsabilidade moral. Daniel Wegner, por exemplo, argumenta que as nossas ações são completamente determinadas pela atividade cerebral, anterior à experiência consciente de tomar decisões, de modo que a consciência não faça nada realmente. Por esta razão, a vontade consciente é uma ilusão, mas é, contudo, o guia da pessoa para a sua própria responsabilidade moral pela ação, e a ação moral é absolutamente real. Mas ele deixa de fornecer qualquer explicação convincente de como algo que é uma ilusão e não faz nada, possa ser responsável pela ação moral. Deveria também ser notado que em sua premissa fundamental de que a vontade consciente é um epifenômeno, a ilusão ineficaz foi científica e filosoficamente mostrada como inconclusiva.

O filósofo Daniel C. Dennett assume uma posição virtualmente idêntica, e os seus argumentos se defrontam com este mesmo dilema fundamental. Por um lado, ele declara que cada ser humano, nada mais é do que um conjunto de cem trilhões de células, cada uma delas, um mecanismo cuidadoso, um micro-robô basicamente autônomo, funcionando em estrito acordo com as leis da física e da biologia. Por outro lado, ele escreve: "A liberdade Humana não é uma ilusão; é um fenômeno objetivo, distinto de todas as outras condições biológicas e encontradas em apenas uma espécie: nós. Em uma série de argumentos, elaborada, porém fundamentalmente plausível, ele tenta afirmar a existência de "agentes humanos autônomos", que exercitam o livre arbítrio como a sua habilidade de controlar a ação, sempre que não há restrições, coerções, ou compulsões que limitem o seu comportamento. Entretanto, em lugar algum ele fornece qualquer argumento atrativo para a existência de um agente humano, ou entre, ou à parte dos robôs atentos que criam totalmente um organismo humano.

Aqueles que argumentam uma "compatibilidade" entre o determinismo e a responsabilidade moral, parecem ser movidos por motivos independentes. Intelectualmente, eles se persuadiram que a totalidade da existência humana, e até a realidade como um todo, pode ser inteiramente explicada em termos de categorias humanas da física e da biologia.

Esta é a base para o seu determinismo. Mas eles sentem também uma imperiosidade psicológica em afirmar a responsabilidade moral, sem a qual a civilização humana é virtualmente inconcebível.

Presos nos tentáculos deste dilema, eles são forçados a introduzir ilegitimamente, a moralidade e o propósito nas atividades deterministas dos átomos e das células, o que é injustificado por tudo o que atualmente conhecemos de física e biologia. Este enigma faz a má ciência e a má filosofia.

Como notado anteriormente, de acordo com o determinismo materialista, baseado na física clássica, a condição precisa do universo logo após o Big Bang, bastou para produzir o assassinato de John F. Kennedy, em 1963, o que implica que Lee Harvey Oswald era uma engrenagem passiva no maquinismo determinista do mundo físico. Desde que as suas ações foram predestinadas bilhões de anos antes que ele as cometesse, é absurdo falar dele como tendo qualquer tipo de livre arbítrio, e é irracional afirmar que ele era moralmente responsável por suas ações.

Alguns estudiosos Budistas contemporâneos, enquanto evitam o materialismo, defendem a compatibilidade entre o determinismo e a responsabilidade moral, citando o princípio Budista: "Quando isto existe, isto vem a ser, com o aparecimento disto, isto surge." Se o universo é determinista, de acordo com a causalidade puramente física (materialismo), ou de acordo com a causalidade mente-matéria (Budismo), é ainda determinista, implicando que o presente é completamente condicionado e determinado pelo passado. Se isto é verdade, então Lee Harvey Oswald não tinha mais uma escolha de matar ou não matar John F. Kennedy no mundo, de acordo com o Budismo, do que ele tinha no mundo de acordo com o materialismo. Se a qualquer instante há exatamente um futuro fisicamente possível, como o determinismo mantém, então o presente é absolutamente predeterminado pelo passado. Isto não oferece nenhum espaço para qualquer tipo de liberdade ou responsabilidade moral.

Como notado anteriormente, Buda rejeitou qualquer teoria - seja determinista ou indeterminista - que enfraqueça nosso sentido de responsabilidade moral e a nossa inspiração para abandonar os vícios e cultivar a virtude. As relações causais entre as ações e as suas conseqüências morais, são tão complexas e sutis, que elas não podem ser plenamente compreendidas pela mente conceitual. Assim, é vital não se imobilizar pela falta atual de compreensão decisiva da análise racional científica ou filosófica ao afirmar a existência da responsabilidade moral. A coisa importante é reconhecer primeiro aqui e agora, os inúmeros modos nos quais não somos livres em fazer escolhas sábias e seguir cursos de ação que sejam verdadeiramente benéficos ao nosso próprio bem estar e ao de outros, e então nos devotarmos ao cultivo de tal liberdade.

O Ideal Budista da Liberdade

Considerando uma definição moderna de liberdade, como a capacidade de conquistar o que é de valor em uma série de circunstâncias, a tradição Budista enfatiza claramente que os seres sensíveis comuns não são livres, pois somos constrangidos por aflições mentais, tais como o desejo ardente, a hostilidade e a desilusão; e, à medida que conduzimos as nossas vidas sob o domínio destas aflições, nós permanecemos em sujeição de seu sofrimento resultante. Mas Buda colocou a hipótese verdadeiramente surpreendente de que o sofrimento e as suas causas internas, não são intrínsicas à mente, pois em cada ser existe uma dimensão "muito brilhante" (pabhassaram) de consciência que, ainda que velada por violações (profanações) casuais, pode ser revelada através da prática espiritual.

Os comentários do Budista Theravada, identificam esta mente brilhante como " a razão de se tornar" naturalmente pura (bhavanga), o estado latente da mente que não está incluído entre os seis modos da consciência, isto é, os cinco sentidos físicos e então a consciência mental comum. A dimensão da consciência se manifesta no sono sem sonhos e na morte, e durante o estado desperto que a mente reverte momentaneamente a ela entre os períodos de engajamento com os seus objetos de cognição. Sob circunstâncias normais, geralmente não se tem um reconhecimento claro deste estado relativo de consciência, mas ele pode ser apreendido vivamente com a meditação, com a atenção estável e muito focada (samadhi), no qual a consciência é afastada de todos os objetos, sensoriais e mentais.

Esta mente brilhante pode alternativamente ser compreendida como o estado incondicionado da consciência que está presente após um arhat, aquele que atingiu o nirvana, parte, para nunca mais renascer. Tal consciência que transcende os cinco agregados psicológicos, é considerada não manifesta (anidassanam), eterna e incondicionada. Desde que ela é incriada - não criada recentemente por causas anteriores - e não é a consciência de alguém ou de algo, a não ser de si mesma, ela já deve estar presente em cada ser sensitivo, antes da realização do nirvana. Este reino da consciência está além do âmbito da mente conceitual, assim a sua possível influência nas mentes de seres sensitivos comuns é inimaginável.

Tal mente pura e transcendente, parece ser semelhante à natureza de Buda (buddha-dhatu), apresentado no Budismo Mahayana e à consciência pura (vidya rig pa), ensinada na Grande Perfeição. Esta dimensão primordial da consciência é considerada como a fonte mais profunda de nosso anseio pela felicidade e liberação, e isto pode ser a principal base da liberdade para todos os seres. Mas desde que a sua natureza transcende o domínio da mente racional, conceitual, ela não se presta a uma análise racional, e o seu modo de impactar a mente e o resto do mundo natural, do mesmo modo se encontra além do reino da filosofia. Ela pode ser conhecida diretamente através da consciência não dual, mas não pode ser um objeto do intelecto.

O caminho da prática espiritual pode ser ligado ao processo de refinar o minério de ouro que está contaminado por impurezas. O primeiro passo neste caminho é cultivar um modo de vida saudável, evitando o comportamento que seja prejudicial ao bem estar próprio e dos outros. Nesta base da ética, se procede a equilibrar a mente através do cultivo da atenção focalizada, pois, como o Indiano Bodhisattva Santideva advertiu: "uma pessoa cuja mente é distraída vive entre as garras das aflições mentais". Quando a mente está sujeita aos desequilíbrios da atenção, tais como a lassidão e a excitação, é como se o sistema imunológico e psicológico de alguém, estivesse debilitado, e assim todos os tipos de problemas mentais podem facilmente oprimi-lo.

O cultivo da atenção focalizada tem um significado direto e importante na moralidade e na liberdade da vontade. William James declarou em relação a isto: "No que um ato moral consiste quando reduzido a sua forma mais simples e elementar?"... ele consiste no esforço da atenção pelo qual nós nos apegamos a uma idéia, apesar de que este esforço de atenção seria expulso da mente por outras tendências psicológicas que estão lá". E o filósofo Francês Charles Renouvier, muito admirado por James, definiu o livre arbítrio como o suporte de um pensamento, porque se escolhe quando se poderia ter outros pensamentos.

Com o desenvolvimento da atenção sustentada, ativa, a consciência pode estar introspectivamente focalizada nos próprios sentimentos, desejos, pensamentos e intenções, enquanto elessurgem de momento a momento. Como o Indiano Nagasena ensinou ao Rei Milinda, a prática Budista da atenção requer dirigir a atenção para tendências benéficas e não benéficas, e as reconhecendo como tais, de modo que se possa cultivar as primeiras e rejeitar as últimas. Tal consciência discernente, metacognitiva, permite a possibilidade de escolher livremente se permite ou não um desejo que conduza ou permita uma intenção que resulte em ação verbal ou física. Resumindo, a liberdade da vontade depende da habilidade de reconhecer os vários impulsos que surgem involuntariamente na mente e escolher entre eles, aceitar ou rejeitar.

Sem tal monitoramento interno dos estados e processos mentais, a mente cai sob o domínio do condicionamento prejudicial, habitual, com a atenção se focalizando compulsivamente em fenômenos atrativos (subha-nimitta), por meio disto, reforçando o desejo ardente, e em fenômenos desagradáveis (patigha-nimitta), por meio disto reforçando a hostilidade. Tal atenção mal orientada está também propensa a levar alguém a perceber como permanente o que é impermanente, como satisfatório o que é insatisfatório, e como um eu, o que é não eu. Para superar tais modos ilusórios de perceber a realidade, deve-se acrescentar ao cultivo da quietude meditativa (samatha), o desenvolvimento do insight (vipassana), através da aplicação rigorosa da atenção (satipatthana) ao corpo, aos sentimentos, à mente e aos fenômenos. Somente através da unificação da quietude meditativa e do insight, se pode adquirir completa liberdade das aflições mentais e do seu sofrimento resultante, revelando assim a pureza inata da mente brilhante.

O Caminho do Meio Além do Determinismo e do Indeterminismo

Deve-se devotar a si mesmo ao caminho da liberdade do sofrimento e suas causas, sem saber se se pode realmente exercitar a liberdade da vontade que não esteja totalmente determinada por circunstâncias anteriores. Entretanto, pode ser útil ter uma hipótese operacional para o livre arbítrio ser realizado. Um dos principais pontos intrigantes para qualquer afirmação Budista do livre arbítrio é a natureza do eu, ou agente, que o possui. Nós já notamos que nenhum eu autônomo, controlador, pode ser encontrado ou entre ou à parte dos processos dinâmicos e constituintes do corpo e da mente; e esta é a base para a afirmação Budista do "não eu".

O mesmo tipo de análise que é aplicado ao eu pode ser igualmente aplicado a todos os outros fenômenos. Por exemplo, Buda afirmou que uma carruagem, como o eu, não existe como uma coisa substancial, independente dos seus componentes individuais. Ele não é equivalente a qualquer uma de suas partes individuais, nem a coleção inteira destas partes, constitui uma carruagem. O termo carruagem é algo designado a uma reunião de partes, nenhuma das quais, ou individualmente ou coletivamente, é uma carruagem. A carruagem vem à existência somente quando o rótulo carruagem é designado com base destas partes. Do mesmo modo, o termo EU é designado do corpo e da mente, o que não é, por si mesmos, um verdadeiro eu. "EU" vem à existência somente quando eu sou conceitualmente designado como tal. Quando a maior parte de nós usa estes conceitos e convenções, incluindo as palavras EU e MEU, nós compreendemos estes referentes destes rótulos como sendo reais, independentes de nossas projeções conceituais; e esta é a parte ilusória para todas as aflições mentais, tais como o desejo e a hostilidade. Aqueles que estão livres da ilusão ainda usam estes conceitos e palavras, mas eles não são enganados por eles.

Tal análise ontológica pode ser aplicada ao corpo e à mente e todas as suas partes constituintes, do mesmo modo que é aplicada ao eu, de modo que o eu não é menos real do que qualquer outro fenômeno. Portanto, assim como podemos falar significativamente de uma carruagem realizando determinadas funções, assim podemos nos referir ao eu como um agente que toma decisões e se engaja em atividades voluntárias. Mas o desafio do determinismo permanece: Se todas as decisões e ações no momento presente são determinadas completamente por causas e condições anteriores - sejam elas físicas ou mentais - como pode qualquer tipo de livre arbítrio ser pressuposto?

Como eu propus anteriormente, a definição de determinismo não permite tal liberdade. O fatalismo é a implicação inevitável do determinismo, tão certamente como eventos posteriores são inevitavelmente determinados por condições anteriores de acordo com o determinismo. Por outro lado, enquanto alguns filósofos observam o indeterminismo da física quântica como uma saída do fatalismo, é difícil ver como esta estratégia permite uma cena clara e coerente de um agente humano, exercitando o livre arbítrio. A maior parte das interpretações, tanto de determinismo, quanto do indeterminismo, está baseada em hipóteses do realismo metafísico, isto é, que o mundo consiste de objetos independentes da mente; há exatamente uma descrição verdadeira e completa do modo que é o mundo; e a verdade envolve algum tipo de correspondência entre o mundo independentemente existente e uma descrição dele.

O Caminho do Meio (Madhyamaka), proposto por Nagarjuna, constitui uma rejeição expressa da reificação (atitude que consiste em tratar conceitos abstratos como se fossem reais ou objetivos), do tempo e da causalidade, que forma a base da maior parte das versões do realismo metafísico. Todos os fenômenos causamente condicionados surgem de acordo com um processo de criação dependente (pratitya-samutpada), em dependência de três fatores: 1 - causas anteriores, 2 - suas próprias partes e atributos constituintes, e 3 - designação conceitual. Uma carruagem, por exemplo, surge em dependência de 1 - dos materiais que foram usados para fazê-la e do trabalho do carpinteiro, ao construí-la; 2 - de seus componentes individuais, e 3 - da designação conceitual de "carruagem' que é imputada a esta reunião de partes. O primeiro modo de dependência, requer causas e condições anteriores, resultando em um produto subseqüente. A dependência da carruagem de suas partes, é simultânea: o todo e as partes existem simultaneamente. E a carruagem como uma entidade designada, vem à existência simultaneamente com a sua designação conceitual como tal.

Para todos os fenômenos, a base da designação nunca é idêntica ao objeto que está imputado nesta base. Para usar o mesmo exemplo, uma carruagem é formada de seus chassis, rodas, eixos e cabo, mas nenhuma destas partes - seja individualmente ou coletivamente - constitui uma carruagem. A carruagem como um todo vem à existência simultaneamente com a imputação deste rótulo nestas partes, mas elas poderiam ter sido designadas de outro modo. O que isto implica é que as entidades que compõem o mundo em que vivemos, surgem em dependência de nossas designações conceituais, e aquelas designações são predeterminadas por causas e condições anteriores. Há liberdade no momento presente de visualizar o mundo de acordo com diferentes estruturas conceituais, e é onde o livre arbítrio pode entrar em nossa experiência. Ao mudarmos o nosso modo de criar os fenômenos (manifestações) e dar sentido a eles, dentro de nossa estrutura cognitiva, nós alteramos a natureza do mundo, como ele surge de momento a momento, relativo ao nosso modo de percebê-lo.

A relatividade de todos os fenômenos com respeito à estrutura de referência cognitiva dos quais eles são vivenciados, é colocada em uso em muitas práticas Budistas, a fim de superar as aflições mentais e cultivar estados mentais e comportamento sadios. O gênero do Budista Tibetano de "treinamento da mente" (blo sbyong), é explicitamente designado para ajudar a transformar todas as circunstâncias, venturosas e adversas, de modo que elas surjam como auxílios para o crescimento e a maturação espiritual. Ao designar conceitualmente os eventos de modos que apóiem mais a virtude do que as aflições mentais habituais, se altera o mundo em que se vive; e isto constitui uma liberdade fundamental da escolha.

De acordo com o Caminho do Meio, mesmo o próprio tempo não tem nenhuma natureza inerente por si mesmo, independente de designação conceitual. Enquanto os eventos passados certamente influenciam o presente, o modo com que agora designamos o passado, determina também como ele surge para nós, relativo a nossa presente estrutura de referência cognitiva. Obviamente, há uma assimetria entre o passado e o presente, de acordo com o Budismo, assim como a física moderna. Nós podemos pensar como percebemos um pedaço de fruta podre, mas isto não reverterá o processo de decomposição. Mais geralmente, nós não podemos mudar o passado, pois ele existe independentemente de nossos modos de percepção e concepção. Mas nós podemos mudá-lo, relativo as nossas estruturas cognitivas de referência, e de acordo com o Caminho do Meio, não há passado, presente ou futuro, independente de tais estruturas de referência. E assim o passado pode nos causar um impacto de inúmeros modos, dependendo da maneira na qual nós o designamos conceitualmente no presente. Ao designarmos os fenômenos que se originam do passado de modos diferentes, a natureza dos eventos passados, muda correspondentemente, relacionada a estes modos atuais de designação.

Evocando uma analogia na física moderna, o físico Eugene Wigner, comentou: "Nós não conhecemos qualquer fenômeno, no qual um sujeito seja influenciado por outro sem exercer uma influência neste". Ao concretizarmos o tempo, nós assumimos que o passado influencia o presente, mas não é influenciado pelo presente; e que o presente influencia o futuro, mas não é influenciado por ele. Tal influência unilateral vai contra a natureza da atual compreensão científica do mundo físico. A visão de Madhyamaka nega a existência inerente de todos os três tempos, apoiando a visão de que todos eles podem influenciar uns aos outros, relativo à estrutura de referência da qual eles são designados.

O físico John Archibald Wheeler explicou este princípio em termos de física quântica: "É errado pensar neste passado como "já existente", em todos os detalhes. O "passado" é teoria. O passado não tem existência, exceto quando registrado no presente. Ao decidirmos que questões o nosso equipamento de registros quânticos colocará no presente, nós temos uma escolha incontestável quanto ao que temos o direito de dizer sobre o passado". Por exemplo, os sistemas de medição usados pelos cosmólogos aqui e agora, desempenham um papel crucial ao realizar o que parece ter acontecido na evolução inicial do universo. Ele conclui: "Útil como é, sob circunstâncias comuns, dizer que o mundo existe "lá fora", independente de nós, esta visão não pode mais ser sustentada. Há um sentido estranho no qual este é um "universo de participação"".

Mais recentemente, os físicos Stephen W. Hawking e Thomas Hertog propuseram que não há absolutamente nenhuma história objetiva do universo como ele existe independentemente de todos os sistemas de avaliação (medição) e modos de investigação conceitual. Ao invés disto, há muitas histórias possíveis, entre as quais os cientistas selecionam uma ou mais, baseadas em seus métodos específicos de investigação. De acordo com Hawking, cada versão possível do universo, existe simultaneamente em um estado de superposição quântica - mais como uma série de possibilidades do que como realidades concretas. Quando fazemos uma avaliação, nós selecionamos deste âmbito de possibilidades, um subconjunto de histórias que compartilhem as características específicas avaliadas. Para relacionar isto com o Caminho do Meio: Esta é uma expressão de nossa liberdade, escolher as bases de designação, nas quais podemos novamente escolher livremente, designar uma história do universo como o concebemos, baseados neste subconjunto de histórias. Deste modo, podemos exercitar o nosso livre arbítrio, não somente para estabelecer o nosso passado, mas também para estruturar o nosso presente e lançar as sementes de nosso futuro.

A natureza vazia ou não inerente do tempo, é também incorporada na prática Vajrayana Budista, na qual se "assume a realização como o caminho" (bras bu lam 'khyer). Isto significa que, enquanto ainda se é um ser sensitivo não iluminado, se cultiva o "orgulho divino" (lha'i nga rgyal) de se considerar como o Buda, com base no Buda que se tornará no futuro. Do mesmo modo, se desenvolve a "percepção pura" (dag snang) de perceber todo o meio e todos os seus habitantes, como manifestações da consciência iluminada (dharmakaya), que é uma emulação (imitação) da percepção pura de um Buda. Deste modo, se retrata o poder transformador da iluminação futura no momento presente, com a compreensão de que o futuro não é inerentemente real e separado do presente. Com tal prática, baseada em uma compreensão do vazio e da natureza do Buda de todos os seres, se está livre para possibilitar o futuro de influenciar o presente.

Outro modo de interpretar o cultivo do orgulho divino é identificar a natureza do próprio Buda, ou a consciência pura, como a base da designação para a própria identidade de alguém aqui e agora. As bases da designação da percepção comum da personalidade estão no corpo e mente atuais. Quando se refere a si mesmo como tendo vidas passadas e futuras, a base da designação para a identidade de alguém é a consciência, a qual, de acordo com a Grande Perfeição, proporciona a continuidade de uma vida para a seguinte. Quando se assume a identidade de um Buda, como na prática do orgulho divino, a base da designação para esta percepção do eu, é a própria natureza eterna do Buda. Na prática da Grande Perfeição, se baseia não conceitualmente nesta consciência pura, eterna, permitindo que as ações surjam espontaneamente e facilmente, estimuladas pela interação da própria sabedoria intuitiva e pelas necessidades dos seres sensitivos de momento a momento. Deste modo, se realiza um tipo de liberdade que transcende as demarcações do passado, presente e futuro. Como vimos, Buda rejeitava os extremos filosóficos, tanto do Determinismo quanto do Indeterminismo, e desencorajava os seus seguidores de aceitar qualquer percepção que pudesse debilitar a inspiração deles de se devotarem a uma vida ética, na busca da liberação. Em termos pragmáticos, como seres sensitivos comuns, nós não temos o livre arbítrio para alcançar o que é de valor dentro de nosso âmbito de circunstâncias, à medida que as nossas mentes são dominadas por aflições mentais. Mas Buda declarou que estas fontes de dependência não são inerentes a nossa existência, que elas podem ser dispersadas através da prática espiritual sustentada e hábil. O Caminho do Meio mostra como o livre arbítrio pode operar dentro do vínculo das relações causais através do tempo; os ensinamentos da natureza de Buda revelam a fonte primordial de nossa liberdade, e a tradição Vajrayana, incluindo a Grande Perfeição, demonstra como a liberdade implícita nos ensinamentos de como o Caminho do Meio e a natureza de Buda podem ser colocados plenamente em uso, na realização rápida (imediata) da liberação e da iluminação.

Além do Determinismo e do Indeterminismo
Texto de Alan Wallace

~ OS PEQUENOS DEUSES ~

De Steve:
Esta mensagem do grupo é uma das mais profundas e amorosas que já tive o privilégio de traduzir para a linguagem humana. Muitos pontos importantes foram abordados, especialmente na história que eles contaram sobre os pequenos deuses. É uma mensagem com tantos níveis que ela poderia ser minimizada se o foco estivesse em apenas um. É um modo fácil de assimilar uma Visão Geral de onde a Humanidade está bem agora e o que será mais útil enquanto prosseguimos. Um dos pontos interessantes foi que eles nos mostraram uma nova maneira de olhar para a multidimensionalida de, como uma moeda de onze lados pousada na superfície plana da vida. Uma moeda ou alma que tem onze experiências simultâneas sem que uma tenha consciência das outras foi uma nova abordagem para descreverem a multidimensionalida de.

Esta visão geral da vida passada pelo grupo foi um panorama que quiseram compartilhar para nos mostrar um padrão que está mudando na humanidade. Disseram que as novas vibrações estão nos tornando mais conscientes. Quando sentimos o velho paradigma da polaridade se expandir, reagimos de forma exagerada e vivenciamos os extremos. O padrão que está mudando e que eles quiseram ilustrar é aquele que reside na área da polaridade em que só podemos assimilar as coisas a partir de limites extremos. Tudo precisa ser classificado como preto e branco; o preto tenta alcançar novos níveis de preto e o branco, novos níveis de branco. Agora é o momento de começarmos a ver como somos parecidos em vez de como somos diferentes. O grupo disse que, com a mudança na trialidade, pararíamos de considerar os limites extremos para a nossa realidade. Aprenderíamos mais com uma visão geral do que com qualquer ponto isolado numa linha de tempo, o que nos levará a capacitar aqueles que estão à nossa volta em vez de competir com eles.
Fortes abraços e tenham um ótimo mês!
Steve Rother




Saudações de Casa
Queridos, este dia é especial por diversas maneiras das quais vocês não têm consciência. Vocês estão agora num ponto em que fingem ser algo que não são, o que lhes permite ver o contraste como nunca antes. Queremos lhes contar uma história que pode ajudá-los a colocar em perspectiva algumas coisas que vocês estão vivenciando enquanto a evolução da humanidade prossegue. Entendemos que vocês estão no limiar da mudança vibracional. Muitos de vocês sentem o calor que resulta dessa mudança, pois são os precursores da luz. Sim, vocês são os que ousam seguir em frente e segurar a porta aberta para os outros. Então, vamos falar da visão geral do espírito nessa perspectiva.

A Realização da Energia
Chegou-se num ponto da criação de Tudo que É em que a energia foi realizada. Ela aconteceu pela primeira vez numa linha de tempo. No momento em que a matéria se tornou energizada, vocês tiveram algo em seu mundo que foi chamado de Big Bang. Embora vocês saibam muito pouco sobre o que realmente aconteceu, foi basicamente uma série de reações em cadeia que começou muito pequena. Com o Big Bang, teve início a ilusão de uma linha de tempo com a qual vocês eram capazes de trabalhar. Vamos ilustrar o Big Bang como se fosse uma explosão, porque é assim que todos vocês o concebem. Embora tenham testemunhado o resultado da explosão, vocês não têm evidência de uma explosão real.

Bem, na explosão, tudo se deslocou para longe daquele ponto central, lançando-se para longe. No entanto, enquanto a energia se movia, ela colidia rigorosamente com a matéria, de modo que a energia foi forçada a entrar em cada fenda ou parte da matéria. Com efeito, a matéria se tornou energizada.
Por causa da força extrema com que isso ocorreu, ambas ficaram um tanto deformadas. A matéria energizada se retorceu e começou a se transformar, como se tivesse sido esticada para uma nova dimensão. Devido à expansão da energia ter acontecido dessa forma, muitas coisas que existem no Lar e na Terra são diferentes; muito do que funciona aqui não funciona necessariamente lá. O Lar tem uma expressão pura. O planeta Terra é a perfeita imperfeição de Deus, então, foi necessário ter o reflexo imperfeito de vocês de todas as maneiras.

Bem, tudo se distorceu quando os pequenos deuses começaram a se sentir separados, ou diferentes. Foi quase como se Deus tivesse explodido. Quando a energia foi forçada para dentro da matéria, ambas mudaram de forma e, consequentemente, a ilusão de tempo foi criada. A explosão resultante chegou tão longe no universo que pequenos pedaços de Deus começaram a formar, a criar uma ilusão de serem finitos. Os pedaços de Deus começaram a jogar numa linha de tempo. Isso expandiu e mudou as coisas a tal ponto que, agora, parece que os pequenos deuses precisam de óculos para participar do próprio jogo. Tudo que eles veem tem que ser revelado através desses óculos. Mesmo que vejam a perfeição do Lar, não podem descrevê-la nem conseguem entendê-la plenamente, porque estão noutra dimensão. Em parte, acostumar-se a isso se tornou um dos maiores desafios dos pequenos deuses. Os deuses também tinham que usar os óculos para esquecerem quem eles eram. Também tinham que esquecer a conexão que sentiam com os outros à sua volta; esqueceram que os outros também eram pequenos deuses. Então, o maior desafio deles era que todo pensamento que tivessem iria se manifestar. Cada vez que mantivessem um pensamento na mente, ele aconteceria. Isso se tornou algo muito problemático, porque não sobrava espaço para ação entre os pensamentos, já que cada pensamento estava ligado a uma responsabilidade. É por isso que eles estabeleceram um intervalo de tempo em suas criações, de modo que os pequenos deuses pudessem participar do jogo fingindo serem humanos.

A Moeda de Onze Lados
Agora, queremos explicar uma coisa que ficará clara para a maioria de vocês num futuro muito próximo. Vocês são multidimensionais. Cada pequeno deus é como uma moeda de onze lados (um hendecágono). Vocês chamam essa moeda de Loonie no Canadá [N. T.: Loonie é a moeda de um dólar canadense; ela tem o formato de um hendecágono.] e têm nomes diferentes em outros lugares. Existem quatro ou cinco moedas na Terra que têm onze lados. Embora cada moeda tenha lados diferentes, ainda é a mesma moeda. Se vocês a virarem numa direção, esse lado aparece. Se vocês a virarem noutra, outro aspecto se apresenta. Usamos este exemplo para mostrá-los um outro modo de ver as onze dimensões de si; cada um de vocês tem onze aspectos diferentes. Os óculos que os deuses usam impedem que eles vejam os outros aspectos de si mesmos, ou até a evidência desses aspectos. Dessa forma, isso os mantém separados em dimensões diferentes onde nem sempre podem ver sua reação ou conexão com os outros, dando aos pequenos deuses a oportunidade de terem onze experiências no planeta Terra ao mesmo tempo com a mesma alma, com a mesma moeda.

Por estarem na ilusão de uma linha de tempo, os pequenos deuses foram capazes de ver suas pegadas enquanto viajavam através do tempo. Isso nunca tinha acontecido antes, porque os pequenos deuses sempre viveram no tempo circular. De repente, eles estavam no tempo linear, o que fez com que se vissem de uma nova maneira. Os pequenos deuses começaram suas jornadas e começaram a observar suas criações. Começaram a duvidar de si mesmos, porque não podiam ver que eles criavam cada pensamento. Começaram a pensar que não era possível ver sem os óculos, acreditando que não eram nem mesmo criadores. Ao contrário, pensavam que as circunstâncias, na verdade, comandavam suas vidas. Por manterem esse pensamento, criaram a realidade que tornou isso verdadeiro. Nós nem mesmo pensamos nisso. Ah, vocês, humanos, são tão criativos...

Vamos explicar algumas outras coisas que podem ajudá-los a entender. Embora estejamos falando do começo da humanidade, vocês estão, agora, na ponta oposta desse espectro. Vocês estão afastando os limites do que teria sido o fim da humanidade e, nesse processo, estão mudando tudo. Nos últimos momentos do jogo, os pequenos deuses começaram a tirar os óculos e a recordar seu poder. Foi difícil para os pequenos deuses entender a própria mágica, depois de gastar tanta energia escondendo-se de si mesmos. Vocês aprenderam a caminhar na linha do tempo. Entretanto, a força original que explodiu e, assim, empurrou toda essa energia para áreas do universo em que ela nunca esteve antes, não está mais atuando.

A Expiração de Deus Começou
Essa força que criou tudo que vocês veem na sua frente não está mais atuando da mesma maneira que antes. Mesmo que continue se movendo na mesma direção, agora está recuando. O universo não está mais em expansão; cruzou uma fronteira na qual, na verdade, está começando a encolher. A “expiração” de Deus começou. Assim, o que isso significa para os pequenos deuses que não sentem mais essa pressão de serem separados? Bom, é algo bem interessante. Na ilusão de viverem na linha do tempo, vocês aprenderam a ver tudo como alto/baixo, certo/errado, bom/ruim ou preto/branco. Vocês veem os contrastes em vez de notarem as semelhanças. Toda vez que aprendiam algo era porque tinham ampliado um desses limites. Vocês aprenderam a ampliar os limites nessa direção e naquela direção, o que representa, realmente, o modo como a humanidade se expandiu e se tornou o que é hoje. Agora que a energia não está mais forçando e se expandindo a partir do Big Bang, as coisas estão começando a mudar. Vocês têm dificuldade com grande parte da mudança.

As Margens Externas da Verdade
Vocês têm muitos exemplos de polaridade extrema no planeta bem neste momento. Por extrema, queremos dizer a expansão que uma pessoa dá aos limites do percurso inteiro numa direção, chamando essa margem externa de sua verdade. Outra pessoa expande o percurso inteiro para outro lado e também chama essa margem externa de sua verdade. Nós não nos importamos com qual das duas margens externas vocês achem que é certa ou errada, pois nenhuma faz diferença. São apenas margens externas; isso foi o que todos vocês chamaram de verdade até este ponto da história. Agora, vocês estão prestes a gastar mais tempo nessa área do que antes, porque essa força energética que os empurrou para fora no universo não está mais atuando. Como resultado, vocês estão agora flutuando livres com essa moeda de onze lados. Vocês são capazes de se mover por todo lado e fazer coisas de um modo que nunca fizeram antes. Este é um tempo mágico no planeta Terra, quando os pequenos deuses começaram a despertar do sonho. Começaram a entender que podem criar qualquer coisa, mesmo usando óculos. Começaram a entender que tudo que veem à frente é resultado de seus próprios pensamentos. É o que retiveram nos aspectos criativos da mente e do coração e que foi, então, levado para longe no universo a fim de criar uma realidade que fosse exatamente compatível com suas expectativas. Agora, o que estão vivenciando é que vocês ainda estão expandindo esses limites, o que significa, então, que, quando uma pessoa chama algo de certo, outra vai chamar de errado. Agora é o momento de começar a procurar pontos em que vocês são parecidos, em vez daqueles em que são diferentes ou estão separados. Este é o momento para a humanidade se juntar novamente, reconhecer que vocês são todos pequenos deuses. Não importa onde estejam, onde tenham nascido e crescido nem mesmo que tipo de sistemas de crenças ou experiências tenham tido. Sua massa crítica está chegando num ponto que não tem volta e vocês não tornarão a fazer coisas do modo como sempre fizeram. Podemos garantir isso a vocês.

Assimilando uma Visão Geral da Trialidade
Agora, será fundamental pararem de expandir as margens externas. Quanto mais vocês afastarem essas margens externas para alcançar os extremos mais além, menos encontrarão a verdade nesses extremos. Agora, pedimos que primeiro olhem o que faz parte de suas definições e, depois, o que não faz. Observem o modo como cada definição funciona, em vez de julgar. Considerem a possibilidade de estarem se deparando com os mesmos desafios e que, talvez, vocês simplesmente os abordem por ângulos diferentes. Algo pode ser aprendido de cada ângulo. Agora é o momento para a unidade neste planeta e de um modo muito amplo. Para toda a humanidade, 2009 foi o começo do fim da separação no planeta Terra. O véu está começando a ser erguido, de modo que vocês possam ver, claramente, uns aos outros. Vocês verão primeiro os corações uns dos outros e a mágica vai continuar. A moeda de onze lados ganhará novas dimensões; não será mais uma moeda plana, mas ainda terá onze aspectos. Vocês terão 11 aspectos de si mesmos. Por causa desse movimento e do próximo processo evolucionário, há muito mais que queremos explicar a vocês sobre o que está acontecendo atualmente

A Transferência Multidimensional
Mesmo que tenhamos falado muitas vezes sobre as oportunidades de toda a humanidade se tornar multidimensional, o processo tem sido bem lento. Até agora, nós só fomos capazes de plantar pensamentos esotéricos na mente de vocês. Vocês não conseguiram provar nada disso para si mesmos, nem enxergaram uma utilização prática. Queremos compartilhar com vocês uma coisa que acontece agora que foi chamada de transferência. Vocês estão começando a sentir coisas que vêm das outras dimensões de si mesmos. Os outros lados da moeda podem estar vivenciando uma grande aventura ou um período de crescimento, passando por grandes dificuldades. De repente, vocês podem se sentir muito tristes, sofrendo ou com dificuldade sem qualquer razão aparente. A transferência está se tornando mais forte porque o véu está desaparecendo. Aquilo que os mantinha separados de si de diversas maneiras está agora começando a desaparecer. Como resultado, muitas formas com as quais vocês tipicamente lidavam com a energia antes irão enfraquecer e sumir. Como professores e curadores que são, vocês encontrarão novas técnicas. Vocês trabalharão com elas e as compartilharã o com as pessoas nesta sala e ao redor do mundo que, então, poderão pegar essas energias como uma ajuda para se desenvolverem para o próximo nível. Este é o momento de observar o que acontece na televisão e se colocar no lugar dos outros. Considerem como vocês reagiriam se estivessem naquela situação. Este é o momento de começarem a pensar, em nível pessoal, como seria se aquilo estivesse acontecendo com vocês, porque está. Vocês não estão desconectados uns dos outros, e entre 2010 e 2012 a humanidade aprenderá isso. Estamos radiantes por tê-los ajudado, mesmo que numa pequena parcela, a lembrar sua verdadeira natureza e o que vocês realmente vieram fazer.

A Imperfeição Perfeita
Vocês começarão a ver as coisas do modo como elas realmente são, pois vocês entendem que, para participar deste jogo, o planeta Terra teve que se tornar imperfeito. Por exemplo, a música não é uma invenção humana; ela veio diretamente do Lar. Quando vocês a trouxeram para o planeta Terra, tiveram que mudá-la ligeiramente para enquadrá-la num mundo imperfeito. É por isso que sua escala cromática não aumenta por igual. Para soar perfeita a vocês, precisa ser imperfeita. Se vocês contam usando números, usam um sistema com base no dez que, na verdade, não existe no universo. O restante do universo e o Lar têm um sistema com base no doze. Contudo, ele teve que ser ligeiramente alterado para vocês o utilizarem na prática. Vocês pensam na base de dez como sendo muito simples e nada complexa e na base de doze como muito complexa. Mas nós lhes dizemos que é exatamente o oposto. Com olhos humanos, vocês precisam ver as coisas de maneira um pouco diferente. Mesmo a expressão de vocês da matemática é repleta dessas mesmas inconsistências. Nós não a chamaremos de leis universais. Nós não acreditamos em nenhum tipo de lei, porque tudo pode ser alterado e isso é exatamente o que vocês têm feito. Vocês pegaram as constantes universais e as distorceram, alteraram ligeiramente para participarem deste jogo. Agora, vocês estão começando a ver as coisas do modo como elas realmente são. Agora vocês vão começar a ver as coisas num outro nível. Antes, vocês não conseguiam ver com essa clareza; e todos os olhos do planeta Terra verão.

Os desafios que vocês terão são os hábitos que vocês desenvolveram em torno de ver as coisas de determinada maneira. Assim, a primeira coisa que pedimos que façam é manter os olhos abertos. Olhem ao redor, buscando as possibilidades. Quando não entenderem alguma coisa, saibam que aí reside um potencial para vocês identificarem outra parte de si e poderem ver mais de um dos onze lados. Os aspectos de si estão se juntando novamente, de modo que vocês serão capazes de ver o ser inteiro. Isso levará tempo. Não acontece da noite para o dia. Para vocês, será como se levasse uma eternidade. “Quando finalmente algo vai acontecer?” A contar de agora, mesmo que se passem centenas de anos, quando se lembrarem deste momento, ele parecerá ter acontecido num pulsar do coração. Apenas aproveitem este momento mágico e saibam que terão uma nova visão se ficarem conscientes e buscarem por ela. Procurem oportunidades de enxergarem a si mesmos em todo lugar. Simplesmente, olhem e encontrarão o Lar muito rapidamente. Vocês criarão todos os onze aspectos do Lar bem onde vocês estiverem hoje.

Queridos, vocês se sentam nestas salas e ficam nos observando. Vocês se reúnem para serem preenchidos pelo Espírito e para relembrarem parte da verdadeira natureza de quem vocês são. O que vocês não compreendem é que o respeito e a honra por todos vocês que participam do jogo de fingir ser um humano são enormes do nosso lado do véu. Vocês é que são reverenciados. Vocês são aqueles que ousaram arrancar suas asas e participar do jogo de fingir que são humanos. Nós os respeitamos mais do que possam sequer imaginar. Quando chegarem em Casa, daremos uma festa e tanto!

Tratem-se com um enorme respeito toda vez que tiverem essa chance. Orientem-se uns aos outros sempre que puderem e joguem bem juntos.
Espavo.

O grupo

A Moeda de Onze Lados
O Grupo através de Steve Rother
15 de Novembro 2009



A Abertura do 11:11 e a Nova Onda de Energia

Bem-Vindos!

As energias estão realmente se movendo ultimamente... como algo indeciso, com grande intensidade e em outros momentos com grandes calmarias, as coisas podem certamente parecer erráticas, mas como com todas as coisas, há um propósito distinto por trás disto tudo, e estamos certamente aumentando a marcha para o início muito novo pelo qual esperamos, por tanto tempo.

Nos últimos dois anos aproximadamente, eu estive relatando que o “próximo ano” seria o nosso ano de novos inícios, e então como todos nós sabemos, este não foi o caso. O que ocorreu, é que no momento, muitos de nós vêem e sentem isto, é realmente o plano e a realidade. Mas quando nos reunimos em nossos níveis de alma e decidimos que, “Puxa... o planeta não elevou a sua consciência, nem evoluiu como tínhamos esperado, assim vamos lhe dar um pouco mais de tempo... Vamos ver se podemos incluir mais almas, ou pelo menos, conceder a estas almas mais tempo, de modo que possamos alcançar uma massa crítica.”

Nós fizemos isto várias vezes, e como sabemos, até demos às coisas um derradeiro esforço ao retornarmos à escuridão, a fim de realizarmos o plano divino que viéramos trazer neste momento. Assim, criamos nos últimos dois ou três anos mais sofrimento e grande dor. Mas então como soubemos, nós finalmente tivemos que desistir e partir, deixarmos tudo isto para trás, e atravessarmos para uma nova realidade de nossa criação. Assim, uma linha massiva foi desenhada na areia, e um abismo criado entre a velha e a nova realidade, o que criou muitas desconexões de nós mesmos e daqueles que não estavam mais vibrando ou vivendo onde estamos agora.

Porque “concluímos” agora, sem mais ajudarmos, auxiliarmos e criarmos a vibração do planeta, e porque estamos agora no outro lado muito novo, nós finalmente experienciaremos o nosso ano de novos inícios em 2010, e este será o ano de criações muito novas e extraordinárias para o novo mundo também.

Atualmente, nós estamos aumentando a marcha. Isto está se manifestando como grandes ondas de energia, criando mais purificação e liberação, alternando com momentos de grande êxtase e felicidade. Para a primeira metade de 2009, eu freqüentemente relatei que nos tornaríamos mais ancorados na Terra com o solstício de Junho. Seria então que começaríamos a experienciar o outro lado, e a vida se tornaria realmente mágica. Então o plano mudou. Nós então decidimos criar uma ruptura do velho mundo, deixá-lo bem longe, ao invés de trazê-lo ao nosso lado, assim o que experienciamos, foi uma energia que diluiu tudo, de modo que ela aterrissasse em seu novo e legítimo lugar. Uma quantidade massiva de energia foi movida e reorganizada durante este período, e isto não pareceu nem remotamente agradável para nós. (Mais sobre quem aterrissou onde e por que mais adiante).

Mas agora, o plano original está pronto para se revelar, apenas no solstício de Dezembro, ao invés de Junho. Nós já tínhamos uma protelação (o que mais é novo?), e agora estamos preparados para realizarmos o plano original depois que partimos do velho.

Assim então, em 11 de Novembro, nos foi dada uma nova abertura para uma dimensão mais elevada, ou melhor, para um nível mais elevado através do portal criado... o portal de 11:11. Isto criou algumas dinâmicas interessantes. Ao invés de parecer poderoso, para alguns, ele criou uma abertura massiva. E quando experienciamos uma abertura massiva, isto pode criar todo tipo de sentimentos, experiências e emoções estranhos e bizarros. Como já estávamos em um nível de residência novo e mais elevado, nos elevando mais ainda através do portal, foi equivalente ao que muitos não tiveram por cerca de dez anos.

Quando nos abrimos e nos expandimos, sentimos freqüentemente uma terrível escuridão que é quase intratável. Depressão, intensa dor emocional, escuridão massiva e até tendências suicidas podem ser sentidas por aqueles que são extraordinariamente sensíveis. Para outros, pode parecer como se fosse apenas um dia desagradável. E alguns podem nem ter notado qualquer coisa, mas talvez se sentido muito oprimidos e até tensos. Após nos conectarmos até mais através do portal 11, nós então tivemos uma desconexão muito estranha, que foi mais notória no 13º dia. Sentimentos de fadiga, fraqueza, letargia, e não querer fazer nada, foram manifestações comuns. Sem energia. Uma grande bonança.

Então veio o 16º dia, Segunda-Feira e uma onda massiva de energia chegou. Esta foi a energia de re-conexão. Esta onda foi para mim, quase mais do que o meu corpo poderia acomodar... e eu estive me preparando durante semanas! Quando chega muita energia, para alguns, pode parecer como um ataque de pânico, nervosismo, uma sensação opressiva de que podemos nos desintegrar, ou até pularmos de uma ponte. E para outros, eles podem apenas se sentirem estranhamente energizados e se tornarem extraordinariamente agitados. Nos dias anteriores e durante este período, nós estivemos também liberando, pois toda a energia mais elevada estava impulsionando tudo e qualquer coisa. A liberação se manifesta de modo diverso para todos. Problemas na vesícula, fluxos menstruais antecipados, urinação freqüente, cólicas, erupções na pele, dores nas costas, acessos de tosse, etc., são apenas alguns destes sintomas. Ou talvez, apenas um sentimento de desconforto, ansiedade, tensão, e falta de conexão sem razão aparente. Velhas feridas podem ter surgido na necessidade de algum tipo de cura.

Em seguida veio o 17º dia, e estávamos agora em uma energia de vibração muito elevada. Grande alegria, felicidade, liberdade, e excitação poderiam estar presentes. Nós estávamos FINALMENTE nas energias de vibração mais elevada que nós estávamos ansiando por tanto tempo. E, saibam também, que o que realmente traz estas energias de vibração surpreendente e mais elevada em primeiro plano, e o que pode intensificá-las dez vezes mais, é uma conexão com outros que atravessaram conosco. Quando começamos a nos conectar com os nossos irmãos e irmãs, ou até com os nossos perfeitos companheiros que estão finalmente chegando para nós, estas energias de vibração surpreendentemente mais elevada e poderosa, se tornam ampliadas a um grande grau. As coisas começarão realmente a mudar para muitos de nós.

Nós não fomos capazes de manifestar muito nos últimos dois anos aproximadamente, e especialmente no ano passado, principalmente porque não poderíamos criar nada, pois precisávamos estar livres e seguros, sem nada para levar conosco quando atravessássemos. Além disto, porque estávamos esperando e nos preparando sem que nada fosse deixado dentro e fora de nós, as energias estavam também com uma vibração muito baixa, pois estávamos “no meio”. Parecia que não poderíamos criar as energias da velha realidade, e após tantos anos de tentativas, as nossas energias pessoais estavam baixas também... nós estávamos basicamente sem energia em nosso âmago. Criar é muito mais difícil quando estamos residindo nas energias de vibração menos elevada... interior OU exteriormente!

Agora, as energias estão muito mais elevadas, e nesta realidade de vibração mais elevada, perceberemos que podemos criar facilmente e muito rapidamente, tudo o que desejarmos. Nós podemos criar agora novamente, porque estamos agora no outro lado e não temos mais que deixar ir qualquer bagagem que não quisemos trazer, e também porque as energias estão com uma vibração mais elevada. E pode parecer não apenas atrativas, mas muito intensas quando estas energias chegam com tal ímpeto. A solução para experienciarmos estas energias de vibração mais elevada, e termos manifestações surpreendentes, como eu estive escrevendo por tanto tempo, é através da conexão com os outros. O planeta em relação ao nosso espaço novo e de vibração mais elevada está começando a se formar e se mover realmente para o seu verdadeiro e autêntico espaço. Nós somos uma parte do planeta, nós vivemos nele e dentro dele, e assim estamos ambos passando juntos por isto.

Recentemente alguém me escreveu para me perguntar sobre a mudança do eixo da Terra. Como cada um de nós percebe através de nosso próprio filtro de habilidade, ainda que estejamos todos dizendo as mesmas coisas, eu somente posso lhes dizer através dos olhos do meu filtro particular, que é sempre sobre energia, alinhamentos e o nosso processo espiritual evolutivo, assim eu tenho certeza de que há outros que têm um conhecimento muito mais profundo sobre este assunto. Mas, basicamente, a Terra está lutando e mudando, criando assim perturbações no tempo, terremotos, etc, porque ela está se alinhando em uma nova posição com o cosmos. O processo de ascensão cria um novo posicionamento para cada um de nós, assim como para a própria Terra... em todos os níveis. Assim então, ela está ajustando a sua posição para melhor se alinhar e permanecer na melhor rotina energética, de modo que ela se ajuste a sua nova posição no universo. E esta nova posição cria também grandes surtos de energia quando chegamos.

Quando estamos nos re-posicionando, as coisas também se contraem. Isto é porque as coisas se tornam mais simples quanto mais evoluímos. Nós somos basicamente trazidos ao alinhamento, e qualquer coisa que não esteja em alinhamento, então é colocada para fora. Assim, a Terra está sendo atraída e contraída em sua nova posição, provocando mudanças e transformações. Nós, nós mesmos, podemos nos sentir comprimidos também, quando estamos nos ajustando a estas novas freqüências mais elevadas. Sentirmo-nos tensos, ou até como se estivéssemos “andando em uma corda bamba”, como um amigo recentemente o descreveu, são todos sintomas comuns. “Às vezes quando temos vários planetas que estão todos alinhados juntos ao mesmo tempo, podemos sentir uma imensa compressão também.

Enquanto estamos finalmente começando a sentir os efeitos de nossa residência muito nova, nós notaremos que estamos nos tornando muito mais “sensitivos”, intuitivos, telepáticos, ou até acharmos que sabemos quando outros estão pensando em nós, ou até quando outros estão sentindo, ainda que estejamos muito distantes. Encontros sobrenaturais podem se tornar uma epidemia. Nós estamos compartilhando agora o espaço com mais não físicos , e colidindo com todos os tipos de energias novas e diferentes.

Assim então, temos novos vizinhos, mas ao mesmo tempo, como mencionado tantas vezes anteriormente, nós perdemos muitos de nossos velhos vizinhos. Está ocorrendo agora uma epidemia de situações de separação entre muitos de nós e nossos netos. Eu fui abençoada ao manter contato com os meus, mas eles não estão mais próximos de mim, geograficamente, entretanto. Aqui está por que tantos de nós ficaram separados de nossos netos.

Estes pequenos precisam estar próximos aos seus pais, a fim de manterem o espaço, ou melhor, manterem a vibração elevada, enquanto os pais estão chegando a esta vibração por si mesmos, ou completando o que eles vieram fazer antes que possam se juntar a nós, como eles eventualmente o farão. Se nossos pequenos, que têm uma vibração muito mais elevada do que a maior parte de nós, pois eles chegaram assim, vieram para nos unir, então eles não poderiam ter servido como a ponte para auxiliar os seus pais.

Quando a linha foi desenhada na areia em 9 de Setembro, havia muitas almas que tomaram súbitas e rápidas decisões para nos acompanharem. Eu nunca vi nada tão surpreendente e milagroso antes. Muitos que tinham escolhido partir anteriormente, muito subitamente decidiram que eles certamente seguiriam agora um novo caminho espiritual, possuiriam suas “coisas” ou até fariam algumas mudanças necessárias em suas vidas a fim de avançar. Deste modo, as escolhas foram muito rápidas, pois não restava muito tempo.

Este cenário criou algumas situações muito interessantes, que estão se manifestando mais e mais todo e a cada dia. As almas que estavam realmente no limite, ou à beira do abismo, e que fizeram estas escolhas, estão agora então do outro lado, ainda que bem distantes de nós. Elas atravessaram bem a tempo.

Assim agora, nós temos um grupo de almas que estão preparadas para avançar, mas devem completar o que elas vieram completar na sua primeira fase de ocupação aqui, antes que elas possam se unir a nós completamente. Eu tenho dois amados que estão atualmente neste espaço. Embora conversemos regularmente, e nos amemos ternamente, e até nos vejamos de tempos em tempos, nós não podemos estar unidos ainda, até que eles completem as suas assinaturas de alma. Este processo levará dois anos. Dois anos é um grande fator decisivo agora para muitos. Nós certamente estaremos em um padrão interessante e temporário por mais dois anos, com muita variação dentro desta estrutura de tempo.

Este cenário também cria outras coisas também. Pelo fato de que algumas almas que estão querendo e dispostas a avançar estarem precisando de orientação e uma linha de comunicação, nós certamente serviremos a este propósito para elas, como servirão os nossos pequenos. Como elas desejam intensamente se mover para os nossos espaços, durante o tempo que elas estiverem “completando” o que elas vieram fazer, elas estarão se abrindo e evoluindo também. Portanto, os nossos papéis como anjos da Terra para outros, estarão se manifestando mais e mais. Nós perceberemos que muitos que conhecem pouco de nossos modos de ser e de pensar, estarão muito ávidos por este conhecimento. Esta situação criará muitas fachadas bem sucedidas para muitos de nós em momentos que se aproximam. Deste modo, nós estaremos auxiliando aqueles mais distantes do “outro lado”, pois muitos serão clientes ou fregueses, assim como alguns serão aqueles com quem nos uniremos e eventualmente até companheiros no término do período de dois anos. Espero que tudo isto faça sentido.

Por causa desta situação, nós perceberemos muitos chegando aos nossos espaços que podem parecer sem afinidade, mas que chegaram até nós com propósitos de conexão de alma, pois finalmente é o momento de nos unirmos novamente, ainda que os alinhamentos de vibrações não se equiparem ainda perfeitamente. ... eventualmente eles se equipararão. Portanto, toda a estranha energia desigual ultimamente (como mencionamos na mensagem de ASAS de 12 de Novembro). Todas estas energias estão tentando localizar os seus verdadeiros e autênticos espaços, e com quem e com o que elas se conectarão. Isto se refere a tudo e a todos que realmente atravessaram, e que agora devem entrar em alinhamento com tudo isto, quando todas estas energias encontram meios de se unirem. Quando as conexões adequadas se tornarem claras, e quando elas ocorrerem, pode parecer muito surpreendente que possamos somente saber que algo muito cósmico, ou mundano (nosso novo mundo!) ou mesmo verdadeiramente divino e inacreditavelmente surpreendente está ocorrendo bem diante de nossos olhos. E há muito amor entre nossos irmãos e irmãs, e entre nossos companheiros de alma! Nós conseguiremos estar juntos novamente! Nós estaremos tão felizes ao nos vermos após todo este tempo e após esta longa e desafiadora jornada! Isto é certamente o início do Céu na Terra. Nós finalmente o criamos.

Assim então, as nossas fachadas realmente prosperarão (para aqueles que desejam e precisam de segurança financeira), e ao mesmo tempo, nós estaremos também oferecendo os nossos auxílios aos nossos irmãos e irmãs que já estão em nossos espaços perfeitamente alinhados, a fim de criarmos a nova realidade. Alguns estão preparados para criar a nova realidade e também para auxiliar aqueles que já atravessaram para o outro lado, e outros estão alcançando novas aberturas energéticas dentro deles, criando ajustes em sua energia pessoal, de modo que eles possam agora se equiparar à nova energia em que eles se encontram residindo. Em outras palavras, toda esta nova energia está atraindo quaisquer energias residuais mais densas ou não curadas para a superfície, para alguns de nós.

Sim, a energia de vibração mais elevada em que agora nos encontramos residindo, está criando cenários muito interessantes e algum caos, mas ao mesmo tempo, está também finalmente criando a habilidade para que manifestemos o que viemos manifestar.. . finalmente é o momento.

Com muito amor e gratidão,

Karen

O Que Se Passa no Planeta Terra? ASAS

Por Karen Bishop
18 de Novembro de 2009


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