terça-feira, 27 de maio de 2008

As Casas Astrológicas - Parte I

Num mapa natal, os setores ou Casas terrestres, em numero de doze, especificam as principais áreas de experiências de vida. Com o conceito de "casa" a linguagem astrológica permite classificar todos os aspectos de existência em doze categorias básicas. À primeira vista, essa sistematização poderá parecer um tanto artificial e nem sempre ficar muito claro porque a tradição reuniu num mesmo "departamento" assuntos até certo ponto dispares. Porém, a medida em que confrontamos o esquema de casas com os fatos, constatamos que estamos diante de um poderoso recurso para organizar, de modo compreensivo, a multiplicidade caótica das vivências humanas.

O conjunto das casas também é denominado "zodíaco terrestre", em razão de suas correspondências analógicas com qualidades zodiacais. Nos desenhos modernos das cartas natais, as casas são representadas em setores circulares acompanhando a faixa zodiacal. No entanto se contemplarmos a faixa esférica do céu, denominada zodíaco, veremos que ela tem dois pontos de contato com o plano terrestre: o nascente, ao leste, e o poente, ao oeste. O signo que está nascendo à leste no momento do nascimento da pessoa é o signo Ascendente. O signo oposto é o Descendente. Os outros dois pontos que inter-relacionam o plano terrestre e as faixas zodiacais são: o ponto mais elevado do céu, o zênite ou Meio céu, e o ponto oposto a ele, o nadir ou Fundo do Céu.
Levando em conta esses quatro ângulos, o mapa é então dividido em 12 partes, as 12 casas. Mas uma complicação técnica ocorre a essa altura. O Meio-Céu, não é necessariamente o signo que está a pino no instante do nascimento, mas sim o ponto resultante da distancia angular que o Sol percorre desde a aurora até o meio dia ou desde o meio-dia até o ocaso. E como a duração do dia varia com as estações e a latitude, são raros os casos em que os eixos Ascendentes/ Descendentes e Meio-Céu/Fundo-do-Céu se encontram em ângulo reto. Por esse motivo existem diferentes sistemas para se dividir as casas. Os sistemas de domificação mais utilizados nos mapas natais são o sistema Placidus e sua revisão moderna denominada sistema Topocêntrico, e também o sistema Koch. Eles têm em comum a mesma definição para os ângulos (casas I, IV, VII e X), variando apenas na marcação das casas intermediárias.
Na análise astrológica examinam-se os signos e planetas presentes em cada uma das casas para se saber como a pessoa tende a de conduzir nos assuntos correspondentes. Também é muito importante, na interpretação, levar em conta o dispositor da casa, ou seja, o planeta regente do signo que se encontra na cúspide (no inicio) da casa.
Planetas e signos numa Casa revelam muito mais do que os fatos externos. Posicionamentos numa casa descrevem uma paisagem interior, imagens inatas que carregamos e que são "projetadas" neste particular setor. Nós filtramos o que está acontecendo no exterior através das lentes subjetivas dos signos e planetas numa casa, os quais, por outro lado, sugerem a melhor maneira e a forma mais natural de conhecer esta área da vida a fim de desenvolver nossas potencialidades essenciais.
As casas não são departamentos estanques. Concebidas em sua totalidade, revelam um processo do maior significado – a história do aparecimento e do desenvolvimento de um ser humano.

HEMISFÉRIOS E QUADRANTES
A linha do horizonte divide o mapa em dois hemisférios, um superior e outro inferior. As casas que se localizam abaixo do horizonte (da 1º à 6º) estão mais diretamente ligadas ao desenvolvimento do individuo, à identidade em separado e aos requisitos básicos que a pessoa necessita para viver são conhecidos como casas pessoais.
As casas que ficam acima do horizonte (da 7º à 12º) focalizam a conexão do individuo com outros num nível de pessoa para pessoa, em termos de sociedade como um todo e com relação ao resto da criação. São conhecidas como casas coletivas.
O eixo do meridiano cruza a linha do horizonte gerando outra divisão na roda das casas, os quatro quadrantes.
No Quadrante I (da 1º à 3º casa) o individuo começa a se formar como entidade distinta através da diferenciação do Eu (casa I), do corpo e substancia (casa II) e da mente (casa III).
No Quadrante II (da 4º à 6º casa) o crescimento envolve a expressão e aprimoramento do Eu diferenciado mediante a educação familiar e as heranças ancestrais (casa IV), a exteriorização do Eu (casa V) e ao aperfeiçoamento de sua natureza particular, competências e capacidades (casa VI).
No Quadrante III (da 7º à 9º casa) o individuo expande o conhecimento através de relacionamentos íntimos com outras pessoas (casa VII), da queda do ego-identidade individual no aprofundamento da união com os outros (casa VII) e de um novo despertar do Eu (casa IX).
No Quadrante IV (da 10º a 12º casa) a principal preocupação é expandir ou transcender as fronteiras do Eu. O papel social de uma pessoa é descrito na Casa X, várias formas de conscientização grupal são exploradas na casa XI e uma identidade espiritual é exercitado na casa XII.


Associando a leitura do mapa astral tradicional, conforme dito acima, podemos considerar a leitura cármica do mapa astral dividindo e descrito abaixo.
Esta leitura nos proporciona a descobrir nossa missão no planeta terra nesta encarnação e quais as dívidas que viemos saldar do passado.
Devemos nesta interpretação de mapa sempre analisar em conjunto a leitura tradicional que entendemos como potencialidades.



MAPA ASTRAL

DESCRIÇÃO CÁRMICA:

CASA 1: Programa de personalidade a desenvolver para esta vida.

CASA 2: Saldo das vidas anteriores; programa cármico relativo aos bens terrestres; aquisições ou perdas (em função de dívidas materiais de vidas anteriores).

CASA 3: Irmãos, irmãs e primos das vidas precedentes. Bagagem mental adquirida nas permanências planetárias antes desta encarnação. Estudos, competências, conhecimentos anteriores.

CASA 4: Memórias das infâncias anteriores, frustrações infantis não liquidadas nas vidas precedentes. Imagem do Lar anterior.

CASA 5: Filhos, amores das vidas anteriores. Projetos não realizados nestas vidas, e que a entidade quer realizar na atual. Criações a prosseguir. Aptidões teatrais, educativas, ou bolsistas, adquiridas anteriormente. Filhos e Amores cármicos.

CASA 6: Doenças cármicas, previstas para pagar uma dívida. Carma de serviço (médico, administrativa, caritativa). Carmas a liquidar com os domésticos, funcionários, animais familiares.

CASA 7: Programa de vida conjugal e associativa escolhida pela entidade. Carmas conjugais, cônjuges das vidas anteriores. Serviços sociais motivados pôr carma jurídico.

CASA 8: Condições da morte precedente (país, tipo de morte, doença, acidente, etc...). Aptidões psíquicas herdadas de vidas anteriores, por iniciação, formação religiosa ou ocultista. Indicação do ascendente da próxima encarnação.

CASA 9: Religião, filosofia, ideais que motivaram o nativo para esta encarnação. Desejo de progresso espiritual, que motivou a escolha deste mapa do céu.

CASA 10: Programa de desenvolvimento, de auto realização pela vida profissional. Escolha de uma profissão que responda a um carma profissional.

CASA 11: Amigos da vida precedente, relações sociais a reatar ou a aperfeiçoar: carmas amistosos e comunicativos.

CASA 12: Doenças, provações da vida precedentes ( hospitais, prisões, solidão...). Dívidas não liquidadas de um ciclo de reencarnações. Dá o ambiente geral da última encarnação marcante.

Chagas

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