sexta-feira, 30 de maio de 2008

Símbolos Sabeus

Para o astrólogo humanista, um mapa natal é um símbolo centrado na pessoa.

Quer dizer, ele traz uma "mensagem" - a formação simbólica do dharma do indivíduo. Ele sugere de que modo o indivíduo pode atualizar as potencialidades inatas do seu eu particular e ímpar.
É um símbolo, uma mandala ou logos, uma palavra de poder.

O zodíaco como um todo constitui uma mandala. Há mandalas temporais, assim como mandalas espaciais. O ciclo de transformações estudado é uma mandala temporal. Tem ritmo, bem como forma. Toda língua 'linguagem e, em particular, todo poema, também tem ritmo e forma. Os 360 símbolos sabeus são palavras de um vasto poema cósmico cujo significado transcende as imagens, freqüentemente banais, visualizadas pelo clarividente.


SIGNIFICADOS

A interpretação dos símbolos deve ter como base duas ordens de fatores: (1) uma análise objetiva das características mais significativas da imagem simbólica; e (2) o relacionamento entre o símbolo e outros símbolos no interior do quadro global do processo cíclico como um todo.

O ciclo zodiacal deve ser dividido em seis pares, em vez de doze signos mais ou menos independente uns dos outros. A totalidade do ciclo diferencia-se naturalmente num padrão sêxtuplo; por conseguinte, o número 6 desempenha um papel básico na vida, pelo menos no nível em que a consciência alcança objetividade.
Designamos esse tipo de consciência por "autoconsciência", ou, segundo Teilhard de Chardin, "consciência reflexiva", pois as impressões que constituem os dados brutos da consciência remetem, nesse estágio, a um "centro" - isto é, a um experimentador capaz de dizer "EU" e "EU EXPERIMENTO”, logo existo (uma afirmação mais significativa que o famoso enunciado de Descartes, "Penso, logo existo").

Os "símbolos-raiz” refere-se aos seis modos de operação fundamental do poder vital único. Somados aos "símbolos de confirmação", caracterizam, em termos amplos, os pares dos signos que dividem o processo zodiacal em seis períodos. Isto é, conforme se desenvolve o "ciclo de transformação" inteiro, seis grandes propósitos vão sendo trabalhados em seqüência.
Deve haver antes de tudo, a EMERGÊNCIA a partir do Imanifesto - as "grandes Águas do Espaço", ou Caos, no sentido metafísico. Isso se refere ao par Áries / Touro. Aquilo que emergiu deve passar por um período de DESDOBRAMENTO do seu potencial original de ser, Gêmeos / Câncer. Segue-se um período de EXPRESSÃO desse potencial em seu aspecto mais característico, Leão / Virgem. A auto-expressão, tanto em seu aspecto criativo como em seu aspecto estrutural - técnico, leva a um novo nível de compreensão e de experiência, e assim alcançamos o estágio de REORIENTAÇÃO em termos dos valores e dos fatos básicos desse novo nível, Libra / Escorpião. O passo seguinte implica um novo tipo de operação ou forma de poder; e COORDENAÇÃO é a palavra chave do par Sagitário / Capricórnio. Vem então a CHEGADA simbólica À SEMENTE, que se refere ao par Aquário / Peixes.

Os símbolos sabeus para os primeiros graus dos dois signos de um par se enquadram na idéia básica do período do processo zodiacal que constituem.

1. ÁRIES,
simboliza todos os começos no nível do poder vital. Representa o início do processo de individualização, que leva ao estabelecimento de formas estáveis de existência. Todo nascimento constitui uma "emergência" a partir de uma matriz envolvente - assim como um processo de germinação, com toda a luta que envolve. O símbolo de Áries a 1º (GRAU) implica não apenas uma saída do mar, como também a entrada num novo campo de existência, a terra seca. O símbolo de TOURO a 1º revela uma direção oposta ou polar do poder vital. "Um límpido córrego da montanha" desce para as planícies. Ele anuncia a possibilidade de vida na terra. Os dois símbolos, tomados conjuntamente, evocam o bem conhecido ciclo da água: oceano, nuvens, chuva, rio, oceano.

2. GÊMEOS,
chegamos a uma fase de revelação de potencialidades de existência previamente ocultas à consciência. Assim, esse signo representa uma avidez por experiência e conhecimentos de todos os tipos. O símbolo de Gêmeos a 1º é relevante porque a consciência de um indivíduo é semelhante a um barco que flutua sobre a imensidão das possíveis realizações. Aquilo que deve ser conhecido é infinito, Mas uma parte do barco é tomada transparente e muitas coisas ocultas são reveladas, especialmente se o piloto (teoricamente, o Mestre) se dirigir para as áreas mais significativas do ainda não conhecido, mas passível de ser conhecido. Vem então a fase de CÂNCER, cujo propósito é estabelecer uma conexão persistente e permanente entre sensações e idéias. No caso das sensações, essas conexões produzem a noção de objeto; no caso das idéias, a noção de identidade permanente ou eu. O símbolo de Câncer a 1º retrata marinheiro pronto a hastear uma nova bandeira. Esse símbolo revela o desdobramento progressivo das potencialidades do indivíduo humano em sua busca periódica da reforma dos padrões sobre os quais construiu seu sentido do eu, bem como sua orientação sobre a vida em geral. Gêmeo “pensa", mas "Câncer" estabelece uma certa categoria de pensar no "coração", tornando-a uma "persistente" e "permanente" pedra fundamental para a vida pessoal. O conhecimento e a auto-realização são formas assumidas por esse poder.

3. LEÃO,

chegamos à capacidade de auto-expressão característica do homem, o poder da vontade. O símbolo de Leão a 1º grau revela o resultado da concentração determinada e movida pela vontade que o indivíduo demonstra em seu esforço por alcançar o nível da mente criadora.

O símbolo de VIRGEM a 1º complementa esse quadro, ao enfatizar as características idealizadas de um homem, num retracto desenhado por meio da habilidade do artista. A evolução humana requer não apenas o exercício do poder de auto-expressão, Leão, como também o poder da - expressão seletiva, Virgem. O símbolo de Virgem descreve o retracto feito por um artista - portanto uma expressão idealizada que tem como origem à visão criadora e de uma irrupção individualizada que ultrapassa as aparências. A auto-expressão deve estar sempre unida à discriminação, se o indivíduo desejar realizar o significado básico do Homem.

4. LIBRA,
e Escorpião, alcançamos um período de reorientação. Significa encontrar um novo Oriente, um novo Leste, uma nova Fonte de Poder. Este novo poder é o poder gerado por padrões permanentes de relações sócio culturais interpessoais. Assim a necessidade básica é de visualizar. Existem várias maneiras que isto possa ocorrer - por exemplo, a maneira semi-inconsciente e inoperacional de grande artista criador ou a maneira dirigida de modo mais consciente de algumas oculistas. Isso se refere ao símbolo da borboleta, de Libra a 1º.
A visualização efetiva de um arquétipo (Libra) requer não sómente a atenção concentrada, como também uma profunda premência de sentimento. Eis o momento em que começa a fase Escorpião.
O símbolo de ESCORPIÃO a 1º pode parecer, à primeira vista, inadequado, mas, num sentido mais profundo, é significativo. O novo passa e deve ser experimentado nas camadas mais profundas do ser, em termos físicos e emocionais. Podemos pensar no ideal da "civilização", com toda sua complexidade de relações interpessoais, ou, num nível mais elevado, no ideal da verdadeira Irmandade oculta e da "Loja Branca", mas devemos estar ali por meio de alguma experiência profundamente pessoal - talvez um sonho vivido e inesquecível - se pretendemos que o ideal venha a tornar-se uma realidade irrefutável para a consciência, bem como um compromisso sólido e indestrutível.

5. SAGITÁRIO,
com sua polaridade operativa, Sagitário, revela-nos a necessidade de atingir uma coordenação estável e orgânica de todos os elementos da personalidade, iniciando-se esse trabalho com o elemento mais básico. Para construir um todo pelo menos relativamente permanente, as interações entre todas as partes interdependentes desse todo - sejam células ou centro nervosos, num corpo humano, ou indivíduos, num Estado racional - devem operar numa base sólida e harmoniosa. O símbolo de Sagitário a 1º, um encontro de veteranos do exército, pode não parecer adequado, mas, outra vez, se atentarmos para aquilo que ele implica, poderemos ver que ele se refere aos resultados de uma relação fortemente "coordenada" entre unidades sociais - uma coordenação que, na maioria dos casos, alcançou sua força experiencial crucial numa luta dura pela sobrevivência.
Esse símbolo é confirmado pelo símbolo de CAPRICÓRNIO a 1º, pois a coordenação tem de levar a uma centralização do poder, por intermédio de alguma forma de liderança. Sagitário refere-se a um anseio inato de expansão através de um "espaço vital" cada vez mais amplo. Signo jupiteriano, esta relacionada com a região lombar da espinha, bem como músculos e nervos que controlam a pélvis e as pernas. Saturno, contudo "rege" a própria base da espinha e os ossos pélvicos; Capricórnio por sua vez, rege os joelhos, dos quais depende a função das pernas. Por esta razão estão envolvidos, tanto os signos, como seus regentes.

6. AQUÁRIO,
num sentido mais mundano, a "ambrosia" pode ser vinculada aos produtos culturais criados durante o grande período de uma sociedade cujos ritmos de existência e ideais coletivos estão estabilizados e dão expressão concreta aos arquétipos desta sociedade. O símbolo de Aquário a 1º, uma missão na Califórnia. Podemos visualizar nele, a semente de uma cultura e de uma religião plantada numa nova terra, perpetuando-se a sí mesma e perpetuando seus ideais.
O símbolo de PEIXES a 1º leva o processo de plantio da semente ou de colheita para o nível do vivido e vitalizante intercâmbio sócio-econômico. Um "mercado público" é um local de intercâmbio de "valores seminais", seja de produtos reais ou de dinheiro. O Verbo do Princípio é a semente que germina - uma semente que foi produzida pelo ciclo cósmico precedente e que é plantada num novo campo do espaço, onde cria a matriz de um novo Universo. No nível sócio cultural, esse poder do verbo criador refere-se aos enunciados liberadores de símbolos e atos de "homem - semente", nos quais o ciclo alcança seu próprio estado ômega.


Os quatro elementos no símbolismo zodiacal

Os quatro elementos (Fogo, Água, Ar e Terra) constituem diferentes modos de operação do Poder Único, que, para nós, habitantes do Sistema Solar, tem sua fonte primária no Sol. Esse Poder torna-se bipolar no momento em que é ativado. Suas duas polaridades (Força do Dia e Força da Noite ou Yang e Yin) encontram-se em constante interação, aumentando e diminuindo alternativamente de intensidade. Assim quatro fases de atividade cíclica do Poder Único, os equinócios e solstícios, destacam-se como momentos de significação especial. Esse Poder diferencia-se em quatro tipos "cardeais" de energia. Cada tipo de energia tem seu próprio ritmo característico e, tendo em vista que todo ritmo estável desenvolve uma forma que se afigura, aos nossos sentidos, como "matéria” , podemos falar de quatro estado básico da matéria.
Podemos pensar nos elementos como modalidades de poder, quando os remeteremos ao zodíaco, porque o zodíaco simboliza a relação ciclicamente mutável entre a Terra e o Sol. Cada Elemento, portanto, deve ser concebido, primariamente, como uma modalidade de liberação de poder (isto é, um certo tipo de energia), e apenas em termos secundários como um estado de matéria.
O poder é gerado nos signos "cardeais" do zodíaco (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio). É concentrado nos signos "fixos" (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) e distribuído pelos signos "mutáveis" (Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes). Portanto, os quatro elementos aparecem no ciclo zodiacal sob três formas, e é possível estabelecer uma relação triangular ou trinitária entre os três signos que expressam os três aspectos do mesmo Elemento. Essa relação constitui o "aspecto" astrológico conhecido por trígono.
O trígono é considerado o mais "benéfico" e "afortunado" tipo de relação, precisamente porque traz a plena manifestação de uma das quatro modalidades de poder. Se três planetas formam o que é chamado um "grande trígono", ativam um Elemento sob três diferentes formas: a ativação é total, e o caráter dos planetas envolvidos indica os três caminhos ao longo dos quais o processo de ativação deve (ou tenderá naturalmente a) seguir.
Dizer que um trígono é "bom" só tem sentido em termos daquilo que, para nós, normalmente e na maioria das circunstâncias, é considerado favorável e causa de felicidade ou conforto. Trata-se, portanto, de uma questão de julgamento ético ou de valor. O fato real se resume à acentuação do Elemento animado por essa relação trina entre dois ou mais planetas - para o bem ou para o mal, a depender das circunstâncias. Há muitas circunstâncias nas quais uma combinação de várias modalidades de poder é requerida para haver uma ação efetiva.

Teoricamente,
os símbolos das fases ou graus cíclicos que se encontram numa relação trina (isto é, separados por 120 graus) devem contar uma história simbólica consistente.
Consideremos o primeiro grau e o símbolo da cada signo. O papel comum do símbolo de primeiro grau é o de protótipo de todas as características do signo.

SIGNOS DE FOGO,
esses signos lidam com os três aspectos do poder básico liberado no início de todos os processos ciclo cósmico - isto é, o poder de induzir uma série estruturada de transformações. A tradição oculta da Índia fala de três fogos: o fogo elétrico, o fogo solar e o fogo produzido pela fricção. Esses tipos de fogo correspondem, respectivamente, a Áries, Leão e Sagitário.
Interpretado em termos amplos, o símbolo de Áries a 1º refere-se à emergência de novas potencialidades de existência. Essa emergência ocorre no nível da biogênese, isto é, sob a compulsão da "Vida". Todos os processos vivos requerem energia elétrica.
A energia solar vincula-se com o signo solar de Leão. Aquilo que emergiu, biológica e instintivamente, em Áries a 1º, impulsionando pelo desejo de ser, agora está pronto para um "segundo nascimento": nascimento da individualidade. Isso implica a transmutação de energias vitais em processos mentais, que no inicio expressam a vontade de poder do ego. Leão personaliza o puro e incondicional desejo de ser do fogo de Áries. Ele enfatiza "Eu sou" e a vontade do ego. O símbolo de Leão a 1º permite-nos testemunhar o afluxo do sangue para a cabeça, um sol também é uma estrela, uma dentre bilhões de estrelas que formam a imensa galáxia, a qual simboliza o reino espiritual.
O fogo produzido pela fricção relaciona-se com Sagitário, pois nele encontramos em ação o poder que erige, sustenta e expande a civilização e que energiza todos os processos sociais. O símbolo de Sagitário a 1º refere-se ao desenvolvimento da amizade humana e, em especial, de um companheirismo baseado na experiência da total dedicação do grupo a uma Causa social.

SIGNOS DA ÁGUA,
esses signos lidam com o poder requerido para sustentar e integrar, por meio da estabilização dos ritmos vitais básicos, aquilo que emergiu como sistema organizado de atividade. O poder da "Água" é a capacidade de sentir e de responder como um todo orgânico.
Vemos no símbolo de Câncer a 1º "marinheiros baixando uma velha bandeira e hasteando uma nova". A Força do Dia (Yang), que em Áries começou a superar em poder a Força da Noite, alcança aqui seu ponto de máxima potência. Câncer refere-se não sómente ao lar, como também à pessoa concretamente estabilizada e estabelecida. Num sentido mais profundo, sugere a compreensão pelo microcosmo - a pessoa - de que é um cosmos, de que é análogo ao universo como um todo. Sem o elemento Água, não haverá processo circulatório nem sentido de totalidade; esse sentimento está na própria raiz da consciência do ego. Aquilo que emergiu de forma bastante passiva e hesitante em Áries agora se encontra definitivamente "acima do mar" (o navio) e capaz de exibir sua própria determinação de ser, seu curso de ação e a direção que vai seguir.
O símbolo de Escorpião a 1º sugere que esse segundo aspecto da energia da Água agora opera na vinculação do indivíduo a um todo social mais amplo, a cidade moderna.
O símbolo de Peixes a 1º (um mercado apinhado) revela a efetiva e total participação do indivíduo numa sociedade organizada e no seu ritmo complexo de produção e de distribuição. Assim, do reino pessoal do sentimento-resposta a novas possibilidades (Câncer a 1º), passamos a esfera do intercâmbio social que a tudo absorve (Peixes a 1º), por meio do processo de transição evocado pelo símbolo de Escorpião a 1º (Um apinhado ônibus de excursão numa rua da cidade).

SIGNOS DO AR,
o elemento Ar refere-se aos meios estimulantes e penetrantes de comunicação. Ele reúne indivíduos separados numa atividade de grupo. Na verdade, o ar que enche os pulmões e células do mais orgulhoso isolacionista ou racista inevitavelmente o vincula, quer ele tenha ou não consciência disso, àqueles com os quais ele se recusaria a fazer amizade ou cuja existência ele pode até não reconhecer. Ele circula, sob a forma de oxigênio, nas profundezas de todos os seres humanos e, sem ele, não haveria vida. Trata-se de uma força dinâmica - arquetipicamente, um Elemento equinocial, Libra -, mas que, ao contrário do Fogo, não transforma. Em vez disso, dá aos indivíduos humanos uma nova dimensão espiritual - social.
O signo de Libra é popularmente vinculado ao conceito de "equilíbrio", devido ao símbolo das "Balanças" usado para caracterizar o signo como um todo, mas essa é uma interpretação sobremodo superficial; as pessoas em cujos mapas Libra desempenha um papel importante não são mais equilibradas psicologicamente que quaisquer outros seres humanos. No equinócio do outono, a Força do Dia e a Força da Noite têm igual potência, equilibrando-se mutuamente; mas essa mesma situação existe no equinócio da primavera, em Áries. A diferença reside no fato de Áries iniciar o hemiciclo da "Individualização", ao passo que Libra inicia o da "Coletivização". O primeiro depende do poder do Fogo; o segundo, do poder do Ar.
O símbolo de Libra a 1º (a borboleta presa por um alfinete) a princípio não parece adequar-se aos conceitos associados com o Elemento Ar, mas podemos atribuir um profundo significado ao relacionamento se compreendermos que um arquétipo é o aspecto da unidade de todas as diferentes e particulares formas existenciais que lhe podem ser remetidas.
No segundo signo do Ar, Aquário, vemos concretizada e tornada relativamente permanente, na coletividade, a imagem do arquétipo. Isso explica o símbolo de Aquário a 1º; Uma velha missão de adobe na Califórnia ou qualquer templo ou catedral medieval que incorporem não apenas uma função religiosa, como também uma função social e protetora.
O símbolo de Gêmeos a 1º retrata o homem operando num nível cultural relativamente sofisticado e capaz de construir "barcos de fundo transparente" que lhe permite entrar em contato com poderes ocultos, bem como com formas transcendentes de existência. Libra-Ar gera valores arquétipos coletivamente aceitáveis. Aquário-Ar concentra esses valores no âmbito de instituições culturais. Gêmeos-Ar distribui, sob a forma de conhecimento, aquilo que essas instituições produziram.

SIGNOS DE TERRA,
graças à física atômica sabemos que a matéria, no estado sólido, não é de fato uma massa de materiais pesados, mas, principalmente, um espaço vazio em cujo interior os átomos e seus constituintes turbilhonam numa impressionante velocidade, separada por distâncias enormes com relação ao incrível tamanho reduzido do átomo. Poderosas forças mantêm essas entidades atômicas e subatômicas em movimento no âmbito de padrões definidos de organização.
O físico fala de uma "força de atração" no interior do átomo ou de gravitação. O psicólogo, caso tivesse uma visão suficientemente penetrante, veria forças semelhantes operando no nível da psique, forças que levam a formação do ego - cuja estabilidade recebe o nome de "caráter".
O símbolo de Capricórnio a 1º (Um chefe indígena reivindica o poder diante da assembléia tribal) acentua a vontade de integração sob um controle centralizado, isto é, a exigência de um poder que tem condições de manter a coesão do grupo, especialmente em circunstâncias críticas. O símbolo de Touro a 1º (um límpido córrego de montanha) refere-se à descida de um poder que permitirá ao homem e a todos os organismos vivos a participação saudável num todo ecológico, no qual todo participante tem um papel biológico mais ou menos definido. O símbolo de Virgem a 1º (um retracto) revela a capacidade intelectual e criadora de extrair de um tipo biológico e psíquico de integração (o rosto de uma pessoa que se tornou individualizada no âmbito de uma cultura particular) aquilo que é mais característico e significativo da pessoa e, portanto, mais revelador. Vemos o elemento Terra em ação nos reinos social(Capricórnio), biológico (touro) e individual pessoal (Virgem) de atividade.
Ao se estabelecer um relacionamento entre os quatro elementos e os pontos equinociais e solsticiais, obtêm-se sequências holísticas e arquétipicas que mostram a relação dos elementos, sob três aspectos, em todo o ciclo zodiacal. Mas, é mais comum interpretar a seqüência desses elementos, que consiste em estuda-los no nível existencial - isto é, no seguimento de um signo pelo outro ao longo do tempo. Assim Áries-Fogo é seguido por Touro-Terra, Gêmeos-Ar e Câncer-Água e a série de quatro elementos - Fogo, Terra, Ar, Água - se repete a partir de Leão e, mais tarde com Sagitário.

Vemos, portanto a possibilidade de um ser humano experimentar um nascimento no corpo, um nascimento no plano da individualidade e um nascimento social (e, em alguns casos, verdadeiramente oculto-espiritual).

Do ponto de vista existencial da sucessão no tempo, o elemento Fogo é polarizado pela Terra no interior dos pares. Da mesma maneira, o Ar é polarizado pela Água. Lidamos, portanto, com pares de opostos e, na realidade, com uma divisão sêxtupla do ciclo.


COMO INTERPRETAR

Interpretar os 4 pontos da CRUZ
A CRUZ é o Caminho do Destino que o indivíduo deve seguir.
Ascendente, Descendente, Meio do Céu e Fundo do Céu (Nadir).

A leitura com os símbolos sabeus devem ser dadas de forma cíclica, ou seja, não importa que o Ascendente esteja em Sagitário a 14º e faz parte da casa 1 primeiro grau de Áries.
A leitura deve estar relacionada com os símbolos sabeus no caso o 14º de Sagitário.

Ascendente indica o tipo de experiências por meio das quais podemos realizar melhor nossa personalidade e destino individual.
MEU EU ARQUETÍPICO

Ascendente (que)
Descendente (para onde)
Nadir (como)
Meio do Céu (porque)

Nadir cúspide da 4º casa.
Nadir astrológico é o ponto das fundações pessoais.
Num sentido mais profundo é também o centro do globo onde vivemos.
Aqui o indivíduo pode melhor experimentar seu enraizamento em tudo aquilo, que representa, para ele mesmo, solidez e segurança, sua terra, seu lar e tudo aquilo contribuíra para a integração concreta e a força de sua personalidade.
É A VIDA PRIVADA

Descendente ligado às relações físicas e de que forma pode ser feito.
PARA ONDE ISTO VAI LEVAR.

Meio do Céu refere-se a realização de um indivíduo. O Porque.
É A VIDA PATÉTICA DO SUJEITO.

CAMINHO DO DESTINO é o caminho que leva à atualização do meu potencial natal.

Devem ser analisados o Sol, a Lua e outros aspectos que interessa inclusive as conjunções, quadraturas, trígonos, etc..., pois se pode por aqui descobri formas do Caminho e impecilhos do Caminho.


Interpretação

Júpiter sempre representa a capacidade funcional da expansão, e.
Saturno a capacidade de definir de modo claro e de manterá estrutura original do organismo.
O Sol sempre se refere à fonte de poder, da qual fluem as energias usadas nas atividades de todas as, ou da maioria das partes do organismo.
A Lua sempre simboliza o poder do organismo no sentido de ajustar-se ao ambiente, bem como sua capacidade de distribuir as energias solares a qualquer parte que delas precise, sempre que são necessárias e na forma em que o são.
Marte representa a capacidade de mobilizar as energias de uma organização com o fito de obter resultados desejados.
Vênus estabelece o valor daquilo que se labuta por conseguir, ou que é temido ou evitado - assim, daquilo que atrai ou repele.
Mercúrio sempre representa todos os meios e métodos de comunicação interna e externa, tudo aquilo que estabeleça vínculos e padrões de associação.

Os três planetas trans-saturnianos - Urano, Netuno e Plutão -, que se referem a uma capacidade mais misteriosa, inerente às espécies vivas, especialmente no homem, mas também, talvez, em todas as formas de organização cósmica e microcósmica - a capacidade de transformar-se a sí mesmo e de transcender as próprias limitações, uma capacidade que deve, quase certamente, ser considerada uma resposta ao desafio do "Todo mais amplo", no interior do qual o todo menor opera como parte orgânica, capaz de responder às mudanças no Todo mais amplo.

Os dez planetas representam atividades funcionais, cada um das quais dotada de um caráter definido. Cada planeta simboliza um modo típico de operação, mais ou menos da mesma forma pela qual cada orgão do corpo (coração, pulmões, estômago, orgãos sexuais, sistema nervoso, cérebro e assim por diante) realiza operações biológicas definidas.
Os aspectos astrológicos que se formam entre planetas num mapa natal dizem-nos de que modo essas dez funções relacionam-se entre sí numa pessoa particular, nos níveis biológico e psicológico.
Mas como poderemos, obter menos, vislumbres da qualidade especial da atividade operacional de um planeta? Se Júpiter representa a função de expansão e a capacidade de aumentar o alcance do poder e da autoridade de uma pessoa, quais as implicações desse impulso expancionista ou gerencial que todo organismo vivo possui em algum grau?

O Astrólogo tradicional tentará medir a força de uma função planetária de acordo com o sistema de "dignidades" - um sistema que tem como base o velho conceito de regência, exaltação e força ou fraqueza decorrentes da posição numa casa natal particular. Mas força não é o mesmo que qualidade! Um tipo de atividade pode ser forte de modo grosseiro, pesado ou auto destrutor; pode exibir uma força agressiva e exuberante ou atingir seu objetivo sob formas sutis, delicadas e persuasivas. Aquilo que se figura como "fraqueza" pode levar, em circunstâncias especiais, ao sucesso, se este implicar a sensibilidade a Poderes mais elevados ou a sintonia com esses Poderes.

Uma consideração dos símbolos dos graus em que cada planeta está localizado acrescenta um tipo de informação que nada mais pode de fato dar - desde que usemos esse tipo de informação com sabedoria e compreendamos as limitações que apresenta.
Há sem sombra de dúvida, limites àquilo que se pode aprender dessa forma e, acima de tudo, devemos compreender que essa informação deve ser usada, não tanto como meio de saber o que é uma pessoa, mas como meio de saber o que deve ser.
Essa é a característica que diferencia a Astrologia Humanista que com tanta frequência não passa de forma glorificada de leitura da sorte (o que todos os métodos de previsão, científicos ou não, na verdade são).

O Astrólogo humanista não faz tentativa de descobrir "o que estimula a pessoa" ou suas fraquezas e pontos fortes.
Ele não procura analisar o cliente, o amigo, a esposa ou os filhos.
Ele busca em vez disto, ajudar a pessoa para que ele de uma forma mais plena a tornar-se uma "pessoa inteira", um indivíduo integrado e cheio de nuanças, capaz de cumprir o propósito essencial do fato de ter nascido (seu destino individual) num momento particular e num ambiente sócio - planetário determinado.
Assim, o símbolo de grau no qual um planeta natal se localiza não deve ser usado propriamente para dizer a alguém: "Essa é a maneira especial pela qual opera sua função Marte. É melhor conhecê-la e, talvez, fazer algo com relação a ela".
O astrólogo humanista dirá, em vez disso: "Esse é o tipo ou qualidade de consciência e de comportamento que você pode melhor demonstrar quando essa função particular opera. Ele talvez já possa operar efetivamente dessa maneira, desde que você lhe permita atuar espontaneamente. Mas talvez seja apenas latente em sua natureza. É necessário que ela amadureça, se enriqueça, se torne mais expressiva e mais consciente - desde que consciência não signifique intelectualização ou orgulho ou, num sentido negativo, temor e confusão moral".
Em muitos casos, o símbolo aponta para uma qualidade que o indivíduo não foi capaz de aplicar no exercício da função planetária a que essa qualidade se refere.
"As abordagens positiva e negativa das experiências individuais", encontrará a seguinte afirmação:- "Viver é consumir energia. Pode-se dizer que esse consumo de energia ocorre de duas formas básicas: o uso intencional do poder ou a operação automática de forças. Em ambos os casos, a energia é consumida, mas os significados atribuídos a esse consumo diferem entre sí; isto é, o tipo de consciência que surge da vivência e da experiência da vida é positivo no primeiro caso e negativo no segundo.

O símbolos lidam com a qualidade de vida, e não com eventos. Eles focalizam os significados universais em situações particulares. Afirmou-se que a vida deve ser vivida como "a consciência da eternidade".
Aquele que não "transcende" realmente o tempo, mas em vez disso, inclui em suas percepções grandemente ampliadas todo o ciclo de sua vida como pessoa., desenvolveu uma consciência eônica.

A concentração nos símbolos e a vivência de uma vida simbólica constituem uma forma - mas não a única forma - de atingimento de pelo menos algum grau de consciência eônica.

fonte:- Uma Mandala Astrológica - Dane Rudhy

Vicente Chagas 6/97

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