O novo, na Ciência, sempre é encarado com cautela. O próprio método de pesquisa, requerendo observações, experimentos e verificações, conduz a um processo lento na aceitação de novas hipóteses e idéias. Trata–se de uma lentidão irritante para muitos que buscam respostas imediatas, mas é sem dúvida uma virtude que torna mais sólidas e duradouras as teorias efetivamente comprovadas.
Há bem pouco tempo, perguntaram–me o realmente achava da idéia de Ufos oriundos de outros planetas estarem visitando a Terra. Vou pular os detalhes da conversa que então se iniciou na intenção de primeiro, diferenciar o termo UFO do conceito de "nave interplanetária"; indo direto ao assunto: que mais poderia ser, senão uma boa hipótese?
Certamente, fosse a visitação alienígena uma teoria efetivamente comprovada e experimentada, seu estudo estaria incluído no currículo escolar. Assim como a Física, a Biologia, a Sociologia, a Psicologia. Não haveria amadores apaixonados –ou estes seriam a exceção-a colher dados sobre cada nova aparição ou relato, mas sim uma discussão acadêmica sobre o que os dados em si mostram. Seria comuns termos estatísticas de aparições comprováveis, esforços governamentais transparentes (ou não) de estabelecer relações diplomáticas. Neste caso, a realidade da vida extraterrestre e a consciência de sua provável superioridade tecnológica teriam de ser, talvez, a qualquer que fosse a pena, incorporada à vivência e ao cotidiano humanos.
Mas apenas uma boa hipótese? Sim! E já é um grande passo! É fácil constatar que, no meio de muito joio, há jóias raras de relatos, depoimentos e registros de grande confiabilidade. Excluindo–se todas ocorrências de caráter duvidoso, sobra um percentual ínfimo, porém numericamente expressivo diante da grande quantidade de casos, para os quais as explicações prosaicas da mentalidade científica ortodoxa muitas vezes se superam em sua natureza ainda mais improvável e por vezes tão ou mais especulativa quanto à própria afirmação da realidade da visitação extraterrestre.
Não é raro uma especulação científica ganhar destaque no mundo das incertezas. Talvez um bom exemplo tenha sido o recente estudo transformado no livro "Rare Earth – Why Complex Life Is Uncommon in the Universe" (Terra Rara – Por que a Vida Complexa é Incomum no Universo). Um de seus autores, o paleontólogo Peter Ward, defende a idéia de que a vida inteligente surgiu na Terra por uma conjunção rara de fatores, difíceis de ser repetidos em outro lugar das galáxias.
A tese gerou polêmica, e não poderia ser diferente. Tanto quanto a famosa Equação de Drake, que se baseia numa série de fatores incertos para calcular a probabilidade da existência de vida inteligente fora da Terra, a hipótese da "Rare Earth" materializa–se a partir de variáveis para as quais a própria Ciência ainda não encontrou valores confiáveis e parâmetros de comparação. Quantos planetas serão realmente habitáveis? Quais coincidências são necessárias para que a vida surja? Onde já foram verificadas, senão na Terra?
Na época da publicação do livro, as pesquisas em busca de planetas em estrelas distantes ainda mostravam resultados pífios. Com maior refinamento e incentivo, hoje, no entanto, os números já ultrapassam a casa das 5 dezenas. E ainda assim, trata–se de um ramo de estudo do qual estamos assistindo apenas o nascimento.
Fica claro que para qualquer que seja a tendência do pesquisador – muito embora a utópica situação ideal fosse que ele não tivesse qualquer uma – a especulação sempre será uma ferramenta para preencher a imensidão de vazios dos campos que conhecimento humano ainda não alcança. Não serve de consolo, muito menos de prova ou argumento válido –nem para um lado, nem para seu oposto-mas seguramente torna o debate mais rico e, quem sabe, produtivo.
Certamente, fosse a visitação alienígena uma teoria efetivamente comprovada e experimentada, seu estudo estaria incluído no currículo escolar. Assim como a Física, a Biologia, a Sociologia, a Psicologia. Não haveria amadores apaixonados –ou estes seriam a exceção-a colher dados sobre cada nova aparição ou relato, mas sim uma discussão acadêmica sobre o que os dados em si mostram. Seria comuns termos estatísticas de aparições comprováveis, esforços governamentais transparentes (ou não) de estabelecer relações diplomáticas. Neste caso, a realidade da vida extraterrestre e a consciência de sua provável superioridade tecnológica teriam de ser, talvez, a qualquer que fosse a pena, incorporada à vivência e ao cotidiano humanos.
Mas apenas uma boa hipótese? Sim! E já é um grande passo! É fácil constatar que, no meio de muito joio, há jóias raras de relatos, depoimentos e registros de grande confiabilidade. Excluindo–se todas ocorrências de caráter duvidoso, sobra um percentual ínfimo, porém numericamente expressivo diante da grande quantidade de casos, para os quais as explicações prosaicas da mentalidade científica ortodoxa muitas vezes se superam em sua natureza ainda mais improvável e por vezes tão ou mais especulativa quanto à própria afirmação da realidade da visitação extraterrestre.
Não é raro uma especulação científica ganhar destaque no mundo das incertezas. Talvez um bom exemplo tenha sido o recente estudo transformado no livro "Rare Earth – Why Complex Life Is Uncommon in the Universe" (Terra Rara – Por que a Vida Complexa é Incomum no Universo). Um de seus autores, o paleontólogo Peter Ward, defende a idéia de que a vida inteligente surgiu na Terra por uma conjunção rara de fatores, difíceis de ser repetidos em outro lugar das galáxias.
A tese gerou polêmica, e não poderia ser diferente. Tanto quanto a famosa Equação de Drake, que se baseia numa série de fatores incertos para calcular a probabilidade da existência de vida inteligente fora da Terra, a hipótese da "Rare Earth" materializa–se a partir de variáveis para as quais a própria Ciência ainda não encontrou valores confiáveis e parâmetros de comparação. Quantos planetas serão realmente habitáveis? Quais coincidências são necessárias para que a vida surja? Onde já foram verificadas, senão na Terra?
Na época da publicação do livro, as pesquisas em busca de planetas em estrelas distantes ainda mostravam resultados pífios. Com maior refinamento e incentivo, hoje, no entanto, os números já ultrapassam a casa das 5 dezenas. E ainda assim, trata–se de um ramo de estudo do qual estamos assistindo apenas o nascimento.
Fica claro que para qualquer que seja a tendência do pesquisador – muito embora a utópica situação ideal fosse que ele não tivesse qualquer uma – a especulação sempre será uma ferramenta para preencher a imensidão de vazios dos campos que conhecimento humano ainda não alcança. Não serve de consolo, muito menos de prova ou argumento válido –nem para um lado, nem para seu oposto-mas seguramente torna o debate mais rico e, quem sabe, produtivo.
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