segunda-feira, 10 de março de 2008

Serra da Capivara - A Origem do Homem Americano


A Serra da Capivara localiza-se na cidade de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí, Brasil.


É um sítio arqueológico dirigido com amor e carinho pela Sra. Niêde Guidon, arqueóloga.

Na serra da capivara existem mais de 300 (trezentos) sítios arqueológicos em exploração e estudo, mas, para visitações públicas só estão abertos 48 (quarenta e oito) sítios.

Cada um é mais maravilhoso que outro.

O trabalho desenvolvido pela sra. Neide não fica devendo nada a qualquer parque europeu ou americano.

Os sítios estão simplesmente seguros e o acesso é fácil com escadas adequadas, plataformas e apoio da equipe que trabalha no parque.

É bom lembrar que no parque da serra da capivara só entra se tiver acompanhado de um guia devidamente reconhecido pela administração.

Uma providência excelente para não haver destruição de um lugar maravilhoso e tombado como patrimônio da humanidade.

A serra da capivara retrata em seus sítios pinturas ruprestes datadas de milhares de anos.

Não se sabe exatamente a data, pois as pinturas foram feitas com um tipo de mineral que não é possível a identificação de sua data de origem.

Supoê-se que existem humanos ali a cerca de 12 (doze) mil anos.

Mas, alguns anos atrás e já confirmados pelas universidades americanas, foram achados uma fogueira datada de 50.000 (cinqüenta mil) anos.

Isto quer dizer, se existia fogueira, existia o homem.

Portanto o homem esta ali presente a cerca de 50.000 (cinqüenta mil) anos, só que infelizmente não foram achados ossos ou esqueletos datados deste tempo.

Mas aqui podemos deduzir que a origem do homem americano é de pelo menos 50.000 (cinqüenta mil) anos, mesmo não tendo provas mais concretas em nenhum lugar das Américas.

Ossos e esqueletos mais velhos datados na serra da capivara são de 12.000 (doze mil) anos.

Os desenhos encontrados na serra não foram identificados o significado deles.

Pode ser uma forma de comunicação, de linguagem, de arte ou só um passa tempo dos aborígines da época.

Nas paredes existem algumas coisas intrigantes, tais como:-

  1. 4 (quatro) emas do mesmo tamanho sempre apontando para o norte. Isto aparece em vários sítios vide foto abaixo.
  2. Nas pinturas aparecem várias vezes uns desenhos com pessoas com um tipo de capuz na cabeça, usados na áfrica (lá eles emitam seres do espaço), dançando um ritual para alguém superior.
  3. Também aparecem vários desenhos de animais diversos, os mais evidentes e recinhecidos são as capivaras.
  4. Em alguns lugares são pintados pessoas em fila indiana com um comandante a frente conversando (supostamente) com as pessoas.
  5. A tintura usada é um marrom forte, mas existem algumas pinturas feitas com um mineral branco.
  6. Todos os sítios tem desenhos de homens e animais, só em um sítio aparece um triângulo com um ponto no vértice superior. Este desenho é interessantíssimo, pois no esoterismo tem uma ligação com a santíssima trindade e deus pai, ou o olho de deus. Pode ser até isto, mas não existem indícios de religiosidade dos moradores da época.

Bom é um lugar que deve ser visitado, e ser preservado da melhor forma possível.

Não adianta ser patrimônio da humanidade se o nosso govêrno não ajuda em nada as condições de manutenção do parque.

As verbas são reduzidas e existem sempre os atravessadores.

Eu e minha esposa adoramos o local.

Num dos sitios, Toca da Invenção, tem um verso escrito por um indígena que retrata o que é a serra da capivara, simplesmente lindo e emocionante.


POEMA

TOCA DA INVENÇÃO.

HOMBU

HOMBU NA NOSSA LINGUAGEM QUER DIZER, VENHA VER, VENHA COMIGO,

VAMOS ENTRAR EM NOSSA TERRA, A VASTA IPROTI, ONDE OS OLHOS DE ABREM PARA SORVER O SOL E A BELEZA, PARA APRECIAR O QUE O MEU POVO KENPÉI-YÊ, DEIXOU DESENHADO NAS PEDRAS PARA LEMBRAR PARA SEMPRE O NOSSO RASTRO.

MEU NOME É TANIK.

SEREI SEU GUIA, POIS SOU A ÚLTIMA LEMBRANÇA DO POVO QUE AQUI VIVEU HÁ MUITO, MUITO TEMPO.

QUANDO OLHO PARA TRÁZ, VEJO AINDA COMO CHEGAMOS NUMA PRAIA DISTANTE DAQUI E VIEMOS CAMINHANDO E CAMINHANDO.

COMO LEVADOS POR UM VENTO QUE PROMETIA UMA TERRA BONITA, E AQUI PARAMOS, AQUI MESMO, NO LUGAR CHAMADO PEDRA FURADA.

HOMBU! VEJAM DA LEMBRANÇA.

ENTÃO TUDO ERA DIFERENTE.

RIOS LARGOS E CAUDALOSOS ABRIAM SEUS CURSOS NAS FLORESTAS FARTAS QUE COBRIAM ESTAS SERRAS E PLANÍCIES.

OS QUE AQUI CHEGARAM EXCLAMAVAM, MARAVILHOSOS!

IPROTI – ABRAM BEM OS OLHOS, E ESSE FICOU O NOME DESTA TERRA.

HOJE ELA SECOU, MAS GUARDA NOSSA HISTÓRIA NA SUA BELEZA, A HISTÓRIA DE KANPÉ-YÊ, QUE QUER DIZER, NA NOSSA LÍNGUA, O POVO DA PEDRA BONITA.

FICOU SÓ MESMO A LEMBRANÇA, POIS O MEU POVO TAMBÉM SECOU ... MORREU NA FRENTE DE HOMENS BRABOS COM ARMAS PODEROSAS.

TANIK

FOTOS


4 EMAS EM DIREÇÃO NORTE


FILA A ESQUERDA ABAIXO E UM COMANDANTE


NA CONSTRUÇÃO A PROVA DA FOGUEIRA DE 50.000 ANOS


PEDRA FURADA


RITUAL E PINTURAS BRANCA


RITUAL DE DANÇA A DIREITA COM O CAPUZ


PASSARELAS NOS SÍTIOS


A IMAGEM DO TRIÂNGULO NO CENTRO



SENHORES (AS) DIVULGUEM

PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE E DO BRASIL

VICENTE CHAGAS
FEVEREIRO 2006.
AGOSTO 2006.

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