sábado, 14 de junho de 2008

Não se Culpe e O Exemplo

A maioria das pessoas está sujeita a sentimentos de culpa. Segundo o psicólogo Roy Baumeister, da Case Estern Reserve University, que realizou um minucioso estudo sobre a culpa em 1991, uma pessoa comum passa cerca de duas horas por dia culpando-se. E durante 39 minutos desse tempo, de acordo com as observações de Baumeister, a culpa varia de moderada a grave.

Ele observou ainda que para grande parte das pessoas a culpa é muita construtiva. "Ë questão de educação não magoar ou desapontar os outros", afirma o psicólogo. Mas o sistema que funciona para o bem também pode ser prejudicial, na opinião do rabino Harlan J. Wechsler, de New York. Segundo ele, "se os sentimentos de culpa não diminuem depois que você tenta redimir-se, ou se está se culpando por acontecimentos sobre os quais não tem controle, provavelmente está sofrendo de falsa culpa, sentimento que pode ser autodestrutivo “.

A diretora do Programa de Estresse do Centro Médico Mount Sinai (NY), Georgia Witkin, afirma que a culpa não aliviada é muito estressante. Ela exemplifica: "Quando, por exemplo, alguém se lembra da vez em que insultou a avó, sente aquela dor no estômago e o coração dispara. O estresse pode enfraquecer o sistema imunológico e torná-lo mais susceptível a doenças."

Então, o que fazer em relação à culpa, aos sentimentos de culpa? O rabino Wechsler recomenda que comparemos a culpa à dor. Segundo ele, a dor avisa que algo está errado. "Quando você sente uma dor, não fica parado – toma alguma atitude. O mesmo deve acontecer quando se sentir culpado", sugere.

Para ajudá-lo a livrar-se dos sentimentos de culpa, seguem algumas atitudes que podem ser tomadas:

Reparando erros

De repente, você se toca que desapontou alguém. Não compareceu ao encontro com um amigo, esqueceu a data do aniversário de alguém especial etc. Você sabe que a outra pessoa entendeu e o perdoou, mas o sentimento de culpa persiste em martirizá-lo.

Em vez de ficar se culpando, tente fazer algo que possa redimi-lo diante da pessoa a quem magoou. Visite mais vezes aquela pessoa que você deixou lhe esperando. Dê presentes fora de época para aquela de cujo aniversário você esqueceu a data. Valorize a amizade daquelas pessoas. Faça-as ver o quanto são importantes para você e o quanto você as admira.

Aprendendo com os erros

Usando ainda os exemplos citados acima, devemos procurar ser mais cuidadosos para não cometer outros erros semelhantes. Não marcar compromissos sem antes ter a certeza absoluta de que poderá cumpri-los. Jamais se esquecer de uma data importante para uma pessoa amiga, principalmente se for aniversário. Todo cuidado é pouco. Errou uma vez, use esse erro como lição para não voltar a cometê-lo. Não acumule culpa.

Aceitando as limitações

O pior sentimento de culpa é aquele de impotência, de incapacidade de se resolver um problema. De repente, alguém precisa de você, talvez em caso de vida ou morte, mas você não pode, de modo algum, solucionar o problema daquela pessoa. Terrível! No fim, aquele pesar: "Nada pude fazer quando precisou de mim. ”Nesse caso, é necessário que percebamos que nem tudo que acontece pode ser controlado por nós. O ser humano tem suas limitações. É duro, mas temos que entender isso e nos livrarmos da culpa de não haver salvo alguém, de não haver resolvido um problema grave de alguém, de não ter podido auxiliar aquela pessoa no momento em que ela mais precisava de nós.

Anulando os culpadores

Há muitas pessoas que têm o poder de nos fazer sentir culpados. Pai, mãe, tios, avós, professores, patrões, cônjuges... são verdadeiros culpadores. Muitas vezes nos culpam inconscientemente. Outras vezes o fazem por maldade mesmo, neste caso os professores, os patrões. "Se não aprendeu é porque é burro mesmo." "Foi mal na prova porque não estudou." "Ganha mal porque é um incompetente." "É um relapso, um displicente." São adjetivos que geram na pessoa forte complexo de culpa, extremamente prejudicial à vida dessa pessoa.

Você poderá anular os culpadores definindo seus próprios padrões. Decida que você é que controla sua vida. Dê o troco. Faça ver aos seus culpadores que você é o contrário daquilo que eles consideram que você seja. Desminta-os na atitude.

Exorcizando os fantasmas

Lembramos de erros cometidos no passado, de coisas erradas feitas na infância, de desobediências aos pais. São fantasmas que normalmente nos perseguem pela vida a fora. O que mais dói é o fato de não podermos consertar esses erros cometidos há tanto tempo. O ideal é pedir perdão às pessoas magoadas em forma de prece. E fazê-lo concretamente, de coração. Esse processo funciona comprovadamente. Por fim, lide com o presente. Viva o presente. Se envolva com o presente. As lembranças desagradáveis desaparecerão, com certeza.

Enumerando as bênçãos

Há pessoas que se sentem culpadas por possuírem coisas que outras não têm. Sentem-se culpadas por serem felizes enquanto há tantos infelizes. Sentem-se culpadas por terem uma mesa farta enquanto tantos passam fome. Para eliminar esse comportamento autodestrutivo dê crédito a si mesmo quando fizer algo certo. Perceba que seu sucesso não causa o fracasso de outra pessoa. Você não é culpado pelo fato de ter o que muitos não têm. Lembre-se que você é o que lutou para ser e tem o que fez por merecer.

Não importa o tipo de culpa que você tenha, perdoe-se. O autoperdão é o melhor remédio para essa doença chamada culpa.

Mentalizando

Eu me perdôo por qualquer erro que tenha cometido, consciente ou inconscientemente. Sinto-me totalmente isento de culpa. Estou inteiramente livre de qualquer sentimento de culpa. Eu sei que Deus, em sua infinita misericórdia, já me perdoou. Portanto, estou livre, estou limpo, estou perdoado. Meu coração está imaculado. Minha alma está em paz.

Fonte:- jornal novo tempo



O Exemplo

Passai pela vida observando com muito cuidado todos os vossos atos. Deveis tê-los como exemplo daquilo que desejais provar. De nada valerá pregar paz em vosso lar, se não fordes o exemplo desta paz. De nada valerá pregar a harmonia, se não fordes o exemplo desta harmonia. Não podereis falar de amor, sem serdes exemplo de amor.
É, meu irmão, vede bem que muito fácil é pedir, ensinar e até pregar, porém, bem mais difícil é ser o exemplo daquilo que sabeis ser bom, mas que não sabeis praticar pelo exemplo.
O mundo possui grandes olhos que estão a vos observar. Estes olhos são juizes implacáveis e um dia cobrarão todas as atitudes erradas que cometeste. Eles a tudo vêem e vos observam, por vezes chorando, quando sentem quantas oportunidades, no decorrer de um simples dia, deixastes de aproveitar; uns tantos acontecimentos em que deixastes de dar o exemplo certo na hora certa.
Pois meditai muito em tudo o que cobrais a vossos filhos; esposas e esposos observem o quanto exige do outro sem quase nada dar em troca. O amor verdadeiro foi gerado da Fonte como maior exemplo de doação no qual vos deveríeis mirar para seguir.
O verdadeiro Amor mais dá do que pede e, por isto mesmo, muito mais receberá.
Irmão de jornada terrena, estes grandes olhos que vos observam nos inúmeros erros que cometeis, na falta de caridade, na falta de compreensão, na falta do verdadeiro Amor, não são os olhos do Pai, como imaginais, mas os vossos próprios olhos espirituais, nas vossas entranhas mais profundas, o vosso Deus que sois vós mesmos a vos observar. Tudo vos será cobrado por vós próprios, os vossos maiores juizes.
O Pai vos dá o sentido completo da liberdade, pelo grande amor que vos dedica, e assim sois livres para meditar e imaginar que vossa mente consciente deve vigiar-vos nas 24 horas do dia para que o vosso Eu maior, a divindade em vós, não tenha razão para tantas queixas e censuras, quando deixardes o plano da vida material e vos encontrardes na presença de vossa consciência maior, o vosso Cristo Interno.
Meditai no juiz que sois e refazei vossa vida enquanto é tempo.
Aproveite os minutos tão preciosos a vossa evolução espiritual e eterna.
O Irmão,

Antônio de Pádua

(Extraído do livro “Nas Asas da Luz”, obra psicografada por Mitzi Pereira Ponce de Leon - Livr. Freitas Bastos)

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